Matías Morla, advogado de Diego Armando Maradona, afirmou nesta quinta-feira (26) que a ambulância demorou mais de meia hora para chegar e prestar socorro ao ídolo do futebol, que morreu aos 60 anos por insuficiência cardíaca aguda.

“A ambulância demorou mais de meia hora para chegar”, afirmou o advogado através de comunicado nas redes sociais.

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“Este fato não deve ser ignorado e vou pedir que seja investigado até o fim”, apontou. Ele também disse ser “inexplicável” Maradona não ter tido atenção do pessoal de saúde nas últimas 12 horas.

Maradona passou por uma cirurgia no cérebro no início deste mês.

Morla não participa da despedida na Casa Rosada e afirma no comunicado que o “velório deve ser reservado para a família”.

Corpo de Diego Maradona é velado em Buenos Aires (26.nov.2020)
Corpo de Diego Maradona é velado na Casa Rosada, em Buenos Aires (26.nov.2020)
Foto: Reprodução/CNN

Autoridades locais estimam que cerca de 1 milhão de fãs do jogador devem ir até a Casa Rosada. O velório ocorre em meio a uma quarentena oficial decretada pelo governo argentino, que garante o uso de transporte público apenas para trabalhadores essenciais.

Veja a íntegra do comunicado

Hoje é um dia de profunda dor, tristeza e reflexão. Sinto no coração a partida do meu amigo a quem honrei com minha lealdade e apoio até o último de seus dias.

Despedi-me dele pessoalmente e o velório deverá ser um momento íntimo e familiar.

Quanto ao Relatório do Escritório de San Isidro, é inexplicável que durante 12 horas meu amigo não tenha recebido atenção ou controle do pessoal de saúde dedicado a estes fins.

A ambulância demorou mais de meia hora para chegar, o que foi um ‘idiota criminal’.

Este fato não deve ser esquecido e solicitarei que as consequências sejam investigadas até o fim. Como me dizia Diego: você é meu soldado, aja em plenitude.

Para definir Diego neste momento de profunda desolação e dor, posso dizer: foi um bom filho, foi o melhor jogador de futebol da história e foi uma pessoa honesta.

Descanse em paz irmão.

História
Maior jogador argentino da história, Maradona venceu a Copa de 1986, com a seleção argentina, quando protagonizou lances históricos como o gol da “mão de Deus”, contra a Inglaterra.

A luta contra a dependência química, durante maior parte da vida, também marcou a história de Maradona.

Nos clubes, o ídolo fez história no Boca Juniors e no Napoli – onde foi campeão italiano e da Uefa.

No Brasil, a rivalidade com Pelé, que renderia intermináveis discussões sobre quem seria o melhor jogador, tornou-se tema de muitas conversas sobre futebol.

Maradona, no entanto, sempre dizia que sua primeira inspiração no esporte era justamente um outro brasileiro: Roberto Rivellino, ídolo do Corinthians e do Fluminense.

Desde que parou de jogar, Maradona enfrentou problemas cardíacos, de peso e a luta contra o vício. Chegou a ser internado em Cuba para se desintoxicar, depois de quase ter morrido por overdose.

Atualmente, Diego era treinador do Gimnasia La Plata, da Série A argentina, depois de ter treinado equipes no México e em países árabes, além da seleção argentina na Copa de 2010.

Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/esporte

Foto: Reprodução/CNN 

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