O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) informou que cumpriu, após decisão judicial, mandados expedidos contra os sócios da cervejaria Backer de quebra de sigilo bancário e fiscal, determinação de não se ausentarem do país, cancelamento de passaportes e suspensão de atividades das empresas relacionadas à marca. Os mandados foram cumpridos nesta terça-feira (24).

“Nesta data o MP cumpriu mandados de quebra de sigilo fiscal e bancario além de comunicação à Polícia Federal sobre o cancelamento dos passaportes e proibição de se ausentar do país com relação aos sócios proprietários da cervejaria Backer. Também foi deferido pelo juiz a suspensão das atividades das empresas do conglomerado Backer que se relacionam às cervejas que estão sendo objeto na denúncia apresentada pelo Ministério Público e que causaram o óbito e lesões corporais gravíssimas em várias vítimas”, informou a promotora de Justiça de Defesa do Consumidor Vanessa Fusco.

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Os mandados cumpridos foram expedidos pelo Juiz da 2ª Vara Criminal de Belo Horizonte, a pedido da Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Belo Horizonte. Pelo Twitter o MPMG publicou que o  relançamento de cerveja da marca, no último dia 17, constituiu um desrespeito às vítimas e demonstram a intenção dos sócios em continuarem a produção e venda do produto.

“É importante salientar que o MPMG ficou atento aos acontecimentos ocorridos após o oferecimento da denúncia, observando que a cervejaria optou por continuar a sua atividade, promovendo festas. Em uma dessas festas houve, inclusive, o relançamento de uma marca desta cervejaria que causou a morte e ainda lesões corporais em diversas pessoas. Assim, essas medidas são para prevenir que não haja continuidade delitiva e que ainda nós obtenhamos informações com relação a possível ocultação de patrimônio dos sócios proprietários da Backer”, complementou a promotora.

Relançamento

No último dia 17 de novembro, templo cervejeiro da Backer, anexo à fábrica no bairro Olhos D’água, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, reabriu as portas e relançou  rótulos da cerveja da empresa e, também, engarrafados no formato chopp, dos estilos Capitão Senra Pilsen e Amber.

Familiares de parte das 26 vítimas – 10 delas mortas e outras 16 com sequelas graves – ficaram indignados com a reabertura. Onze pessoas se tornaram réus no caso, no entanto uma delas, um técnico responsável pela cervejaria morreu e atualmente são dez denunciados.

Fonte: https://www.otempo.com.br/cidades

Foto: Uarlen Valério / O Tempo

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