A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) realizou, nesta quarta-feira (9), uma reunião virtual com o Ministério Público da Paraíba (MPPB) para tratar da criação da Casa do Artista de João Pessoa que deverá seguir os moldes do Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro. O local será destinado ao acolhimento dos artistas idosos que vivem em situação de vulnerabilidade, um problema histórico que se agravou durante a pandemia.

“A gente vem desenvolvendo o conceito e regulamentação dessa iniciativa desde fevereiro e estamos avançando agora com essa conversa com o Ministério Público. Tivemos uma conversa com o ator Stephan Nercessian, da direção do Retiro dos Artistas (RJ). Estamos dando mais um passo com essa consulta ao MP, porque o histórico da experiência carioca indica que é importante caminhar junto com o Ministério Público, respeitando o Estatuto do Idoso”, disse o diretor-presidente da Funjope, Marcus Alves.

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Ele afirmou que o processo de criação da Casa do Artista está avançando e o próximo passo será partir para o aluguel de um imóvel em João Pessoa. “Pensamos na Casa como um ambiente de acolhida para os artistas e os profissionais da cultura que estão vulneráveis, a partir dos 60 anos de idade. Muitos deles estão em situação de risco social e, por isso, a Fundação está mapeando os artistas e profissionais que necessitam desse apoio”, acrescentou.

Na Casa, eles contarão com cuidados de saúde, psicológico, atividades esportivas e culturais. O local será um ambiente onde essa geração poderá trocar experiências com os mais novos e se mostrar protagonista e digna de exercer a sua profissão, porque muitos não param de produzir nessa fase da vida. “Essa Casa será um espaço vivo, dinâmico, de proteção social, mas também de revelação e de um trabalho continuado no campo das artes”, ressaltou Marcus Alves.

O Ministério Público da Paraíba aprovou o chamado para participar da reunião e assegurou apoio à iniciativa. “A reunião foi muito boa. Achei o projeto providencial e inusitado em termos de Paraíba. Felizmente, temos pessoas atuantes, que despertaram para a situação do ser humano, do artista quando chega à velhice ou em virtude das circunstâncias adversas. Eles necessitam do apoio, da atenção especial da sociedade, para viverem com dignidade”, declarou a promotora de Justiça da Cidadania, dos Direitos Fundamentais e dos Idosos, Sônia Maia.

Ela destacou que a Casa do Artista servirá de exemplo a outras entidades da federação, reiterou que é dever da Promotoria apoiar as causas que dignificam o ser humano e prometeu invocar mais nas políticas públicas em prol da população vulnerável.

Participaram da reunião o chefe da Divisão de Música da Funjope, Dida Fialho; o ator Beto Quirino; o chefe da assessoria jurídica da Funjope, Ariano Fernandes; e o assessor jurídico da Fundação, Igor Maciel.

Secom-JP

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