O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, é referência no diagnóstico e tratamento de Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. A unidade implantou há alguns meses, o protocolo de trombólise, que é o tratamento de primeira linha para o paciente que apresenta Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) em sua fase aguda. A equipe é formada por neurologistas clínico e cirúrgico, clínico geral, radiologistas e também pelo corpo de enfermagem.

De acordo com Ministério da Saúde (MS), mais de 100 mil brasileiros morrem por ano, vítimas de AVC, já no mundo são 16 milhões de pessoas atingidas anualmente. O mais preocupante é que mais de 70% das pessoas não conseguem retornar às atividades devido às sequelas. Segundo a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), as mortes por AVC devem aumentar nos próximos anos. No Brasil, já é a principal causa de mortes entre as doenças cardiovasculares.

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Segundo o Núcleo de Estatísticas do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, houve aumento de 25% no número de vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) neste primeiro semestre de 2015, com relação ao mesmo período de 2014.

Nos seis primeiros meses deste ano, foram atendidas na instituição 1.362 vítimas de AVC, já no ano passado, foram identificados 1.088 casos, o que corresponde um aumento de 25,18%. A maior ocorrência dos casos corresponde à faixa etária entre 65 a 74 anos e sexo masculino.

Ivete Aragão da Silva, 67 anos, deu entrada no Hospital de Trauma vítima de AVC, no dia 16 de maio às 18h e ficou internada na unidade de saúde por sete horas, sendo acompanhada pela equipe de neurologia e multiprofissional do Hospital. Para seus familiares, a sobrevivência dela só ocorreu devido ao rápido atendimento da instituição. “Quando percebemos os sintomas do AVC na minha avó trouxemos logo para o Trauma, pois é referência nesses casos. E hoje temos a certeza que o tempo foi crucial para sobrevida dela”, relatou o neto, David Gomes.

De acordo com o coordenador da Neurocirurgia do Trauma de João Pessoa, Gustavo Patriota, nas doenças cerebrovasculares, o tempo é crucial. Quanto menor o tempo entre o início dos sintomas e o tratamento, maiores serão as chances de sobrevida, assim como as de recuperação e redução de sequelas.

“O AVC precisa ser considerado uma emergência médica. Este é um ponto importante de conscientização, pois, muitas vezes, as pessoas tendem a não dar a devida importância para sintomas como pequenas restrições de movimento ou alguma dificuldade para falar, e acabam retardando a ida ao hospital ou a busca por apoio especializado. O Hospital de Trauma está preparado para prestar o melhor atendimento aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral, seguindo as melhores práticas médicas”, completou.

Secom-PB

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