Desde que começou, no sábado (21), a campanha de vacinação contra raiva animal, da Secretaria de Estado da Saúde, já atendeu 355.339 cães (68,1%) e 115.857 gatos (60%). A meta é imunizar, ao todo, 714.284 animais – sendo 522.373 cães e 191.911 gatos. Após o Dia D, a SES estabeleceu o prazo de 30 dias para os municípios atingirem suas metas.

O trabalho é coordenado pelo Núcleo de Controle de Zoonoses e a vacina não tem contraindicação.

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“Nossa orientação é que as pessoas que não puderam levar seus cães e gatos no dia D, procurem as secretarias municipais de saúde. Os municípios têm até o dia 21 de novembro para fazerem o complemento”, informou o coordenador do Núcleo, Francisco de Assis.

Ele reforça a importância da vacina e cita uma situação corriqueira: “Anualmente, na Paraíba, entre nove e 10 mil pessoas procuram as unidades de saúde por conta de mordedura de animais transmissores da raiva e 80% são provocadas pelos cães. O restante é dividido entre gatos, gado, bode, macaco, entre outros”, informou.

Sintomas – Os animais raivosos comumente procuram lugares escuros (fotofobia), não bebem, nem comem, ficam agressivos, desenvolvem salivação abundante e, na sequência, entram em coma e morrem (em cerca de 10 dias).

“Caso haja qualquer suspeita de um animal com raiva, o caso deve ser comunicado imediatamente à secretaria de saúde do município para que as providências sejam tomadas. Ao serem identificados os sintomas clínicos, o animal deve ser isolado com urgência”, alertou Assis.

No homem, os sintomas são: transtornos comportamentais e neurológicos, irritabilidade e irritação no local da agressão. Seja em animal ou em seres humanos, a doença é letal em 100% dos casos.

Dados – Na Paraíba, os dois últimos casos de raiva humana foram registrados em 1999, um em Queimadas e outro em João Pessoa. Já com relação aos casos de raiva animal, foi registrado um em julho de 2016, no município de Pedro Régis e outro em agosto deste ano, em Pilões.

A doença – A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida ao homem por meio da mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas ou pele lesionada por animais raivosos, provocando uma encefalite viral aguda. A transmissão ocorre quando o vírus rábico existente na saliva do animal infectado penetra no organismo.

A doença acomete o sistema nervoso central, levando ao óbito após curta evolução. É letal em 100% dos casos, por ser causada por um vírus mortal, tanto para os homens quanto para os animais, e a única forma de evitá-la é pela vacinação anual, que não tem contra-indicação.

A raiva apresenta quatro ciclos de transmissão: no ciclo rural, os bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equídeos são os principais elementos transmissores; no ciclo silvestre, as raposas, guaxinins, macacos e roedores têm maior destaque na transmissão da doença; no ciclo aéreo, os morcegos representam o maior perigo; e no ciclo urbano os principais elementos responsáveis pela manutenção do vírus rábico são os cães e gatos.

Secom-PB

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