O líder opositor venezuelano Juan Guaidó foi convocado para comparecer ao Ministério Público na quinta-feira (2), em uma investigação por “tentativa de golpe de Estado” contra o presidente Nicolás Maduro e por “magnicídio” – anunciou o procurador-geral, Tarek William Saab, nesta terça-feira (31).

“Queremos informar que, como parte da investigação iniciada na semana passada por tentativa de golpe de Estado e magnicídio (…), emitimos uma convocação para que o cidadão Juan Guaidó compareça ao Ministério Público na próxima quinta-feira (…)”, afirmou Saab em uma declaração exibida pelo canal estatal VTV.

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De acordo com o procurador-geral, a convocação foi recebida na segunda-feira (30) à noite pelo chefe da segurança de Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.

Saab baseia a convocação na apreensão, na Colômbia, de um arsenal que supostamente estava sendo enviado para a Venezuela em uma conspiração para assassinar Maduro e outros líderes do chavismo.

Segundo o procurador-geral, o lote incluía 26 rifles de assalto, 30 miras a laser, coletes à prova de balas e “outros equipamentos para uso militar”.

Guaidó foi envolvido nesse suposto plano por Clíver Alcalá Cordones, um militar aposentado próximo ao ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013) que mais tarde rompeu com Maduro.

“A tentativa de passar essas armas para a Venezuela”, segundo Alcalá Cordones, responderia a “instruções diretas de Juan Guaidó”, declarou Saab.

O governo socialista venezuelano acusa a Colômbia de apoiar a suposta tentativa de assassinato. Nas palavras do procurador, o plano teve o “consentimento” do presidente colombiano, Iván Duque.

Alcalá Cordones está na lista das autoridades venezuelanas e ex-autoridades acusadas de “narcoterrorismo” pelos Estados Unidos. O governo americano anunciou recompensas milionárias pela prisão dos integrantes desta lista, incluindo 15 milhões de dólares por Maduro.

Cordones já se entregou na Colômbia, onde morava, às autoridades dos Estados Unidos.

Ainda assim, Saab anunciou um mandado de prisão contra ele na Venezuela.

Guaidó é alvo de vários processos na Justiça, e muitas pessoas de seu entorno foram presas.

Os Estados Unidos, que apoiam o líder opositor, disseram que prendê-lo seria “o último erro” da “ditadura” de Maduro.

 

Fonte: https://www.afp.com/pt/noticia/3965/

Foto: AFP/Arquivos / CRISTIAN HERNANDEZ

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