O Tribunal de Contas da Paraíba, reunido na manhã desta quarta-feira (28), entregou a Medalha Cunha Pedrosa, a maior de suas honrarias, ao corregedor Fábio Nogueira, em cerimônia inscrita nas comemorações atinentes ao 47º aniversário de instalação. A entrega, por delegação do presidente André Carlo Torres Pontes, foi feita pelo consultor jurídico José Francisco Valério Neto.

- Publicidade -

Presidente, também, da Associação de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Fábio Nogueira disse que recebia a condecoração como tributo à memória e ao exemplo do paraibano Pedro da Cunha Pedrosa, mas, ainda, à importância de instituições inscritas no topo do sistema de controle externo “deste Brasil tão necessitado das boas práticas e dos bons costumes”.

“É esta inspiração que torna mais honrosa a medalha agora a mim conferida pelo carinho e a bondade dos que hoje fazem a Corte Paraibana de Contas”, afirmou. Ele agradeceu ao conselheiro Nominando Diniz pela proposição da comenda e aos demais pares, que a aprovaram, unanimemente, na sessão plenária realizada em 29 de novembro passado.

“Vossa Excelência é merecedor da maior honraria destinada aos prestadores de bons serviços a esta Casa, pois transcende este limite. Agora, Vossa Excelência também tem a oportunidade de difundir, nacionalmente, o papel e a missão de instituições, como a nossa, nem sempre bem compreendidas”, respondeu o conselheiro André Carlo Torres, ao final da sessão plenária. Na ocasião, ele também saudou a sra. Bianca Silveira Nogueira, esposa do homenageado.

Convidados por ele, três ex-dirigentes do TCE – os conselheiros aposentados Luiz Nunes Alves, Gleryston Holanda de Lucena e Umberto Silveira Porto – compuseram a Mesa dos trabalhos.

Assim, também, o diretor geral do TCE Raimar Redoval (pelos servidores da Casa), o advogado Jonhson Abrantes (pela OAB), o promotor de Justiça Nilo Siqueira (pela Procuradoria de Justiça do Estado), o atual presidente do Conselho Nacional de Secretários da Agricultura Rômulo Araújo Montenegro e o professor Josivan Fernandes, presente à sessão plenária à frente de 72 alunos dos Cursos de Ciências Contábeis e de Gestão Pública ministrados pelo Centro Universitário de João Pessoa (Unipê).

A cerimônia ainda contou com as presenças das procuradoras Isabella Marinho, Elvira Samara e Sheyla Barreto. Componente do quadro de fundadores do TCE, o conselheiro Luiz Nunes, a pedido do amigo André Carlo, historiou fatos e acontecimentos atinentes à fase inicial do Tribunal de Contas instalado em 1º de março de 1971 após a criação pelo Decreto 3.621, de 17 de agosto de 1970, assinado pelo então governador João Agripino.

Eis o pronunciamento do conselheiro Fábio Nogueira:

Minhas Senhoras, Meus Senhores.

A outorga de uma medalha vai além do mero propósito da homenagem àquele ou àquela a quem se destine. Traduz honraria em mão dupla. Antes de tudo, enaltece e dignifica o vulto que a inspira. Depois, reverencia e honra quem a recebe.

 Não é diferente, neste exato momento. Profundamente sensibilizado, recebo a Medalha Cunha Pedrosa, a maior honraria do Tribunal de Contas da Paraíba, como um símbolo da probidade, dignidade e decência, atributos com os quais Pedro da Cunha Pedrosa se fez, nacionalmente, conhecido e respeitado.

 Advogado, promotor, juiz e ministro do Tribunal de Contas da União, este paraibano de Umbuzeiro honrou os cargos ocupados nos Poderes Executivo e Legislativo, desde o ingresso na política partidária, em 1890, sob o auspício de Venâncio Neiva.

 Seus passos firmes e resolutos o levaram à Assembleia Legislativa, à Diretoria do Jornal Oficial do Estado e à Vice-Presidência da Paraíba. A aproximação com Epitácio Pessoa, venancista como ele, facilitaria, depois disso, sua chegada no Senado Federal.

Mas foi a condução ao TCU o corolário de sua profícua e edificante vida pública. Foi quando seu propósito de bem servir, sua correção, seu padrão moral e ético dele fizeram um batalhador incansável da decência e da moralidade públicas.

 É esta inspiração que torna mais honrosa a medalha agora a mim conferida pelo carinho e a bondade dos que hoje fazem a Corte Paraibana de Contas.

 Honra-me, igualmente, o bom conceito de um Tribunal que, ano após ano, tem-se firmado no topo do ranking do sistema de controle externo deste Brasil tão necessitado das boas práticas e dos bons costumes.

 A medalha que agora recebo é, também, portanto, um tributo à eficiência, à dignidade e à importância de um organismo que tanto tem feito pela Paraíba e sua gente. O exemplo que temos dado começa pela excelência dos nossos quadros técnicos. E perpassa os esforços para o aprimoramento sucessivo das gestões públicas não apenas objetos da nossa eterna vigilância, mas, simultaneamente, da nossa orientação e do nosso aconselhamento.

 Envaidece-me fazer parte deste seleto grupo de bons paraibanos, sejam, assim, pela fatalidade do berço, sejam – quando provindos de outras plagas, e é este, exatamente, o exemplo do nosso presidente André Carlo Torres Pontes – pela adoção à terra que aprenderam a servir e amar e que hoje os acolhe e abraça. É com cada um de vocês, meus companheiros de jornada, que eu divido, de todo coração, esta imensa honraria.

 E assim também o faço em relação aos não menos dignos companheiros da Associação de Membros dos Tribunais de Contas do Brasil, a louvável e operosa Atricon, de cuja Presidência agora me encarrego, também, por envaidecedora deferência do conjunto indivisível dos meus pares.

 Vejam, Minhas Senhoras, Meus Senhores, o quanto para mim representa esta Medalha proposta pelo conselheiro Antonio Nominando Diniz Filho, a quem sou extremamente grato, e aprovada, à unanimidade, por este honorável Colegiado.

 Representa, repito, o carinho de amigos queridos. Mas, sobretudo, me impõe o dever de dar sequência às boas práticas de homens e instituições responsáveis, na Paraíba e no Brasil, pelo controle dos gastos e atos administrativos e governamentais, pela orientação permanente aos que conduzem os destinos de cidades, estados e, enfim, da Nação.

Recebo esta Medalha não apenas como um tributo envaidecedor à minha história modesta, mas limpa, de homem público. Eu a recebo, ainda, como um compromisso presente e futuro com a lisura e a decência.

A todos meu muito obrigado.

 

Secom-TCE/PB

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui