As vendas do artesanato paraibano na 20ª edição da Feira Nacional de Negócios e Artesanato (Fenearte) tiveram um aumento de 92% em relação à edição anterior do evento. Ao todo, 12 artesãos que integram o Programa do Artesanato da Paraíba (PAP)/Secretaria do Turismo e Desenvolvimento Econômico (Setde) participaram da Fenearte,  realizada de 3 a 14 de julho no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda.

De acordo com os dados divulgados pela gestão do PAP, as vendas na 20ª Fenearte chegaram a R$ 300 mil. Já em 2018, na 19ª edição do evento, o volume de negócios atingiu pouco mais de R$ 156 mil.

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A gestora do PAP, Marielza Rodriguez, comemorou as vendas, destacando a importância de o artesanato paraibano participar de um megaevento como a Fenearte. “Esse resultado mostra, acima de tudo, o patamar de qualidade a que tem chegado o artesanato paraibano. O público da Fenearte é muito exigente, o que faz com que esse resultado nos deixe ainda mais orgulhosos”, afirmou, lembrando que os artesãos foram selecionados por meio de edital de chamamento público.

As tipologias que foram expostas na Fenearte pelos artesãos paraibanos foram o couro, madeira, cerâmica, labirinto, fibras e osso. Já as cidades que representaram a Paraíba foram João Pessoa, Cabedelo, Cabeceiras, Juarez Távora, Campina Grande e Caaporã.

Renda e visibilidade – Participar de um evento como a Fenearte não significa apenas incremento na renda do artesão naquele momento, mas também visibilidade para o seu produto, resultando em boas encomendas.

A artesã Maria das Neves Paiva (Nevinha de Itabaiana) recebeu a encomenda de 3.360 peças de cerâmica de uma rede de restaurantes de Londres. Artesã há 43 anos, ela não tem dúvidas ao elencar alguns fatores do sucesso de suas peças: “Procuro oferecer a melhor qualidade possível e, principalmente, muito amor. São peças que têm de obedecer a regras rígidas de qualidade, a começar pelo tamanho, que tem de ser padronizado”, disse.

Já a artesã Josilene Bernardo (Jô do Osso), moradora de Cabedelo, recebeu a encomenda de 18 peças de uma rede de lojas da Ucrânia. “Além da qualidade que as nossas peças vêm ganhando com as ações do Governo do Estado, há nelas três ingredientes fundamentais: cabeça, mão e coração. São peças únicas, o que chamou a atenção de quem foi à Fenearte”, comentou.

“Essa foi uma das melhores Fenearte que já participei, não apenas pelo volume de vendas, mas pela união entre os artesãos, por todo o apoio recebido da gestão do Programa do Artesanato”, acrescentou a artesã.

Os homenageados nesta edição da Fenearte foram Lia de Itamaracá, considerada um patrimônio vivo de Pernambuco, e os cirandeiros Mestre Baracho, falecido em 1988, e Dona Duda.

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