Talvez seja realidade demais para nossos olhos acreditarem; o nível de resolução e qualidade atingido pelas TVs mais novas do mercado trazem exatamente esta impressão; uma “supra realidade” que, a olho nu, jamais seria vista – por melhor que seja nossa visão.
Depois da evolução para as imagens em alta definição e a chegada do Full HD, muita gente acreditou que o 4k era o limite para os olhos humanos. Afinal, pra quê mais? Bom, a indústria não se conteve e foi além… e se é na CES, o maior evento de tecnologia do ano, que as principais tendências tecnológicas e rumos do setor são apresentados, uma coisa a gente pode dizer com segurança a partir deste ano: o 8k que chegou para ficar (e impressionar).
Hoje, o 4k representa 60% dos aparelhos vendidos no Brasil. Se a gente pensar que a tecnologia marcou a edição de 2013 da CES, 7 anos atrás, dá para se ter uma ideia de quanto tempo a gente deve esperar para o 8k invadir nossas casas também. É uma mudança que não acontece assim, do dia para a noite; existe todo o desafio de produção de conteúdo para ser exibido em telas com tal resolução e também todo o processo de maturidade da nova tecnologia. Por outro lado, o poder computacional desses aparelhos evoluiu tanto que, além de toda resolução, diversos outros recursos são usados para que o usuário tenha sempre uma experiência cada vez mais incrível em frente às TVs.
Agora não pense que se trata apenas mais resolução nas novas TVs apresentadas em Las Vegas esta semana. Além do poder computacional que acabamos de citar, novos designs também chamam atenção. A LG trouxe novamente – agora como um produto comercial – sua TV enrolável de 65 polegadas, outros modelos com pouquíssimos milímetros de espessura, sem contar esse lindo painel em formato de onda montado com 200 telas na entrada do estande da marca.
A poucos metros dali, a Samsung voltou a impressionar com o “The Wall” – a parede; uma TV modular gigantesca que deixou visitantes hipnotizados por horas. Mas uma das inovações da marca coreana que mais chamou a atenção – certamente por ser algo inédito no mercado – é o “the Sero”. A TV foi projetada com foco no conteúdo consumido nos smartphones. Com um motor integrado, a tela gira e pode ficar totalmente na vertical para corresponder à orientação do conteúdo exibido em um smartphone espelhado na TV, sem qualquer interação humana.
Full hd, 4k…8k. Mesmo com a chegada de uma tecnologia tão nova e impressionante a pergunta que fica é: onde vamos parar? 16k? Provavelmente, não. Alguns anos atrás, a gente ouviu pelos corredores da CES que o futuro das TVs estava nos hologramas. Bom, talvez não exatamente isso, mas a sony – além das suas TVs 8k – mostrou em Las Vegas também um projeto bastante interessante que muda completamente o conceito como assistimos TV atualmente.
Neste visor de campo de luz com rastreamento ocular, a sony usa sensores de visão de alta velocidade e algoritmos de reconhecimento facial para oferecer uma experiência de realidade espacial de alta precisão nunca vista em telas 3d a olho nu. É algo que lembra a holografia, mas uma tecnologia completamente diferente. Usando diferentes imagens projetadas ao mesmo tempo, câmeras inteligentes seguem os olhos do usuário para apresentar diferentes perspectivas de uma mesma cena – tudo isso com muita suavidade, qualidade e uma sensação de profundidade nunca vista antes. Talvez a tecnologia ainda esteja bem longe de chegar às nossas casas, mas mostra um novo caminho para a criação de conteúdo que pode, em alguma CES do futuro, ser tão impactante e dominante como o 8k está sendo desta vez. E nós, estaremos aqui para conferir…
Fonte: https://olhardigital.com.br/ces-2020/