A comunidade acadêmica recebeu com tristeza a notícia do falecimento do renomado professor Manoel Clemente, docente de fotojornalismo, que foi encontrado morto em seu apartamento, onde vivia sozinho. A descoberta da trágica situação revelou que a morte não foi recente, encontrando-se o corpo do professor em adiantado estado de decomposição.

As autoridades competentes foram acionadas, e a perícia será crucial para determinar o momento exato do óbito. Essa informação se torna essencial para decisões logísticas, como a possibilidade de realizar um velório. Caso a morte seja constatada há algum tempo, pode ser que o procedimento adotado seja um enterro sem a cerimônia tradicional de despedida.

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As primeiras indicações apontam para a possibilidade de morte natural, mas somente a conclusão da perícia poderá fornecer detalhes mais precisos sobre as circunstâncias que levaram ao falecimento do estimado professor Clemente.

Sobre o Manoel Clemente

A comunidade perdeu não apenas um professor, mas um ícone da arte cinematográfica e fotográfica, com a notícia do falecimento de Manoel Clemente da Penha. Nascido em 1944, em João Pessoa, Paraíba, Clemente deixa um legado que vai além da sala de aula, marcando seu nome no cenário cultural paraibano.

Clemente alcançou reconhecimento nacional na década de 1970, quando ingressou no setor de audiovisual do Instituto Nacional do Livro. Suas fotografias começaram a ser expostas em revistas e jornais da época, consolidando sua presença no mundo da arte visual. Sua incursão no cinema ocorreu como assistente de fotografia na obra “Romeiros da Guia”, uma colaboração que evidenciou sua ligação profunda com a sétima arte.

No final da década de 1970, o professor direcionou seu conhecimento para as atividades letivas na Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e contribuiu para a criação do Núcleo de Documentação Cinematográfica (NUDOC), destacando-se como mentor e referência para as gerações futuras.

Manoel Clemente acumulou uma notável filmografia, destacando-se em filmes como “O país de São Saruê”, “A Bolandeira”, “Pedra da riqueza”, “Menino de Engenho”, “Fogo Morto”, “Romeiros da Guia” e outros. Seu talento como diretor de fotografia, mesmo diante das limitações técnicas da época, o transformou em um profissional respeitado no cenário cultural paraibano.

Uma das obras mais emblemáticas de Clemente foi “A Bolandeira” (1966), onde atuou como diretor de fotografia. O filme é considerado de importância singular em seu currículo, destacando-se pela utilização de luz natural, uma característica marcante do estilo do fotógrafo.

Ao longo de sua carreira, Clemente também se dedicou à docência, compartilhando seu conhecimento e paixão pela arte cinematográfica com as futuras gerações. A aposentadoria não o afastou do cenário cultural, continuando a colaborar na organização do Núcleo de Documentação Cinematográfica da UFPB (NUDOC).

Sua exposição “Ornamento e Forma da Paisagem Construída” (Galeria Gamela, 1997) demonstrou não apenas seu domínio técnico, mas também sua sensibilidade ao registrar diversas tendências arquitetônicas e cores utilizadas nos antigos casarões da capital paraibana.

O Professor Manoel Clemente deixa um legado duradouro na cinematografia e na fotografia, sendo lembrado não apenas por suas contribuições técnicas, mas também por sua paixão e dedicação à arte visual. Neste momento de luto, a comunidade expressa suas condolências à família, amigos e admiradores desse grande mestre. Que seu legado continue inspirando as futuras gerações na busca pela excelência artística.

PB AGORA

 

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