Luiz Maurício da Silva encerrou nesta terça-feira um jejum de quase 100 anos no atletismo brasileiro. Ele avançou à final do lançamento do dardo na Olimpíada de Paris-2024, o que não acontecia há 92 anos na história da prova. O último representante do País numa final desta categoria foi Heitor Medina nos Jogos de Los Angeles-1932.
Luiz Maurício obteve a sexta marca na fase classificatória, com 85,91 metros, no Stade de France, nos arredores da capital francesa. Trata-se do novo recorde brasileiro e sul-americano, que já pertenciam ao atleta, garantido entre os 12 finalistas da prova. A briga por medalha está marcada para quinta-feira, às 15h25, pelo horário de Brasília.
Ao fim da prova, o mineiro de 24 anos celebrou a vaga na final e também o melhor resultado da sua carreira. “Um PB (personal best) na Olimpíada foi uma surpresa muito grande. Competir com os melhores aqui, atletas que eu via na televisão… Estar competindo com eles e estar numa final olímpica… não tenho nem o que falar. Foi um bom lançamento e é isso, até o final. Gostei muito da qualificação, tive alguns erros, e agora é chegar na final e ir pra cima”, disse Luiz Maurício.
Há 92 anos, em Los Angeles, o Brasil foi representado por Heitor Medina, último finalista do País no dardo. Na ocasião, ficou em 11º lugar, com um lançamento de 58 metros. O Brasil só voltou a ter um representante na prova no Rio-2016, quando pode emplacar atletas em todas as modalidades por ser sede dos Jogos. Júlio César de Oliveira que terminou em 16º lugar, sem vaga na final.
Na capital francesa, Luiz Maurício teve a companhia de Pedro Henrique Nunes, que lançou 79,46m e não conseguiu avançar à final. Terminou no 19º posto na fase classificatória.
O Brasil também emplacou um representante na semifinal dos 110 metros com barreiras com Rafael Pereira, que superou a repescagem com 13s54. Antes Eduardo Rodrigues de Deus já havia garantido a classificação direta na mesma prova. A semifinal será na quarta-feira, às 14h05 (de Brasília).
“Eu estava muito concentrado e vim buscar a minha classificação. Tive uma falha grande na nona barreira, bati no ataque e perdi muito tempo. A barreira pune, é sair dela o mais rápido possível, sem bater. Foi uma prova boa e por ter dado esse tiro hoje, vou chegar melhor que meus adversários amanhã, porque vou estar mais aquecido”, projetou Rafael.
Nas demais provas da primeira sessão do atletismo nesta terça, Eliane Martins e Lissandra Campos não conseguiram avançar à final do salto em distância. Eliane fez 6,36 metros, enquanto Lissandra registrou 6,02m. Elas ficaram em 23º e 31º lugar, respectivamente. Nos 400 metros rasos, Tiffani Marinho não passou da repescagem, com o tempo de 52s32.
Fonte: Notícias ao Minuto
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