Juliana Garcia dos Santos Soares, de 35 anos, divulgou nesta sexta-feira (8) uma foto mostrando como está seu rosto, uma semana após passar por uma cirurgia de reconstrução facial.

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A violência deixou Juliana com o rosto gravemente desfigurado. No dia 1º de agosto, ela passou pela primeira cirurgia de reconstrução. Na imagem compartilhada em suas redes sociais, ainda é possível ver hematomas, olhos bastante avermelhados e cicatrizes decorrentes do procedimento. Três dias antes, ela contou que havia feito sessões de laserterapia “para reduzir o edema e modular a inflamação”.

O dia do crime

A agressão foi registrada pelas câmeras de segurança do elevador e as imagens viralizaram nas redes sociais. Igor, que já integrou a seleção brasileira de basquete 3×3, foi preso em flagrante logo após o ataque. Ao ver a cena pela câmera, o porteiro chamou moradores para ajudar a conter o agressor e acionou a Polícia Militar, que chegou rapidamente.

Na audiência de custódia, a juíza responsável pelo caso decidiu converter a prisão em preventiva, afirmando que “não teve estômago” para assistir às imagens. Igor responderá por tentativa de feminicídio.

Família se pronuncia

A tia de Juliana, Jaqueline Garcia, falou à revista Marie Claire. “Estamos felizes porque a Ju está viva. Tenho fé em Deus que ela vai sair dessa muito mais forte do que já é — mesmo com as cicatrizes, não somente físicas, mas no coração. A cicatriz da alma vai ficar pra sempre, infelizmente”, afirmou. Segundo Jaqueline, a sobrinha nunca havia relatado episódios de violência ou sinais de que vivia um relacionamento abusivo com Igor.

A lei

Desde 2015, o feminicídio é crime previsto no Artigo 121-A do Código Penal. A pena varia de 20 a 40 anos de prisão. Nos casos de tentativa, a pena pode ser reduzida de um a dois terços, dependendo da proximidade do ato com a consumação do assassinato.

A delegada Victoria Lisboa, titular de uma das Delegacias Especializadas em Atendimento à Mulher (DEAM) na Grande Natal, afirmou à Marie Claire que ainda é cedo para estimar qual será a pena aplicada. No entanto, avaliou que Igor pode não ter direito à maior redução possível, devido à gravidade do ataque. Ainda assim, o fato de ser réu primário pode pesar a favor do acusado no cálculo da pena.

Enquanto o processo segue, Juliana continua o tratamento médico para recuperar parte das funções e da aparência do rosto. A expectativa é que ela passe por novas cirurgias e procedimentos estéticos para amenizar os danos causados pela violência. O caso segue sob investigação.

Fonte: Notícias ao Minuto

Foto: © Reprodução / Redes Sociais

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