Boeing decidiu na segunda-feira (16) suspender a produção do jato 737 Max a partir de janeiro de 2020, a maior interrupção em linha de produção da companhia em mais de 20 anos, pressionada pelos impactos da queda de dois aviões do modelo que foi impedido de voar no mundo todo este ano.

Apesar da decisão, a empresa deverá continuar queimando caixa enquanto deixa sua força de trabalho intacta e provavelmente terá de dar suporte a fornecedores, afirmaram analistas. Alguns deles estimaram a queima de caixa em cerca de US$ 1 bilhão por mês.

- Publicidade -

A Boeing, que produz o 737 ao sul da cidade norte-americana de Seattle, afirmou que não vai demitir nenhum dos quase 12 mil funcionários durante a interrupção da linha de produção.

O que os analistas falam sobre a decisão da empresa? “Estimamos que a Boeing está queimando quase US$ 2 bilhões por mês com a paralisação dos voos do Max, mas isso não vai cair a zero durante a suspensão da produção”, disseram analistas do JPMorgan em relatório a clientes.

Os analistas avaliam que mais da metade dos custos vão continuar sendo registrados por conta de despesas com pessoal e apoio aos principais fornecedores, com a fabricante de fuselagens Spirit AeroSystems.

Analistas da Jeffreys estimam queima de caixa de mais de US$ 730 milhões por mês.

Como está a saúde financeira da fabricante de aviões? A suspensão dos voos do 737 Max em março de 2019 forçou a Boeing a cortar a produção das aeronaves de 52 para 42 unidades por mês e já custou à empresa mais de US$ 9 bilhões até agora.

Para o terceiro trimestre, a Boeing reportou uma queda de 53% no lucro do período e um fluxo de caixa negativo de US$ 2,89 bilhões. A empresa, que está tentando concluir a aquisição da brasileira Embraer, divulgou na ocasião dívida de longo prazo de cerca de US$ 21 bilhões.

Fonte: https://6minutos.com.br/negocios

Foto: olhardigital.com.br

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui