A 2ª Vara do Tribunal do Júri de João Pessoa confirmou o julgamento de Ruan Ferreira Oliveira, conhecido como Ruan Macário, para esta segunda-feira (18), às 9h, em João Pessoa. Uma decisão, porém, determina que ele permaneça em Catolé do Rocha e participe do júri no fórum da Comarca, de forma híbrida.

Como já houve dois adiamentos do júri, a Justiça determinou que caso “frustrada a realização da Sessão de Julgamento por qualquer problema de ordem técnica, no local onde o réu encontra-se, o mesmo será imediatamente transferido para um dos presídios da Capital, onde aguardará seu julgamento”.

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Ruan será julgado pela morte do motoboy Kelton Marques, no dia 11 de setembro de 2021, no cruzamento das avenidas Flávio Ribeiro Coutinho (Retão de Manaíra) e Miriam Barreto Rabêlo, em João Pessoa. Ele foi atingido por um carro em alta velocidade, conduzido pelo empresário.

O acusado será julgado por homicídio qualificado com dolo eventual, quando se assume o risco de matar. No entanto, argumentando sobre a distância do local do julgamento e também o risco pela integridade do réu, a defesa pediu para que Ruan participasse do júri através de videoconferência, e a Justiça autorizou.

Confira detalhes do julgamento:

Relembre o caso Kelton Marques

Era madrugada do dia 11 de setembro de 2021 quando, de acordo com imagens do próprio carro dirigido pelo empresário, o mesmo avançou o sinal vermelho em um dos cruzamentos da Avenida Flávio Ribeiro Coutinho, em Manaíra, e colidiu com o motoboy Kelton Marques. Kelton trabalhava em um restaurante que atendia nas madrugadas e na hora do acidente já tinha terminado as entregas do dia e voltava para casa. O motoboy deixou uma esposa e duas filhas.

Segundo o velocímetro do carro de Ruan Macário, o condutor estava a 163 km/h na via, que tem limite de 50 km/h. Com o impacto, Kelton foi jogado ao solo e acabou vindo a óbito, a moto ficou destruída e até parte do muro de um condomínio da região chegou a ficar destruído.

Após o ocorrido, Ruan Macário ficou foragido por 10 meses, até se entregar a polícia em julho de 2022 no município de Catolé do Rocha,  Sertão do estado, a mais de 400 quilômetros de onde ocorreu o acidente. Desde então ele está preso em uma unidade de segurança na cidade sertaneja.

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