A Justiça de São Paulo recebeu a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado (MP-SP) contra um homem pelas agressões ao enteado de 7 anos. Ele também teve a prisão preventiva decretada.

A denúncia tem como base a chamada Lei Henry Borel, aprovada em maio para prevenir episódios de violência doméstica e familiar contra crianças e adolescentes. A mãe do menino também vai responder ao processo.

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As agressões foram registradas pelas câmeras de segurança da brinquedoteca do condomínio de luxo em Moema, na zona sul de São Paulo, onde mora o casal há cerca de um ano. O vídeo mostra o momento em que o padrasto pega o menino pelo cabelo e o tira do local. Depois, ele dá um tapa a boca do garoto, segura seu pescoço e o suspende no ar.

O juiz Antonio Carlos de Campos Machado Junior, da 19ª Vara Criminal de São Paulo, disse que as imagens deixam claro a violência “exagerada e desproporcional”.

“Há nos autos prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria consubstanciados nos elementos dos autos do inquérito policial”, diz um trecho da decisão.

O Ministério Público de São Paulo acusa o padrasto de tortura e a mãe de supostamente descumprir a ordem judicial que impediu o contato do filho com o ele. A denúncia é assinada pelo promotor de Justiça Evelton David Conti Isoppo, do Setor de Atendimento de Crimes contra Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoas. O criminalista Guilherme San Juan atua no processo como assistente de acusação.

COM A PALAVRA, O ADVOGADO ACÁCIO FERNANDO, QUE DEFENDE A MÃE

Procurado pelo reportagem, o advogado Acácio Fernando, que defende a mãe, disse que o recebimento da denúncia não significa que ela é culpada e que a abertura do processo vai permitir a apresentação do contraditório para provar sua inocência.

A defesa também nega que a mãe tenha violado a medida cautelar que impediu o contato do padrasto com a criança. O advogado afirma que a mãe é vítima de uma série de retaliações na esteira da disputa judicial pela guarda do filho. “São situações manipuladas no intuito de afastar o padrasto da criança”, disse.

COM A PALAVA, OS ADVOGADOS LEONARDO WATERMANN E GABRIELA GAMA, QUE DEFENDEM O PADRASTO

A defesa do padrasto informa que “tomou conhecimento do mandado de prisão expedido nesta segunda-feira (19). Trata-se de uma determinação sem sustentação que será revertida em breve, pois os elementos levados ao Juiz Natural deturpam a verdade e, por isso, o julgamento do próprio magistrado. O vídeo, base da acusação, foi propositalmente ‘cortado’, de modo a distanciar o material do verdadeiro contexto dos fatos”. Ele “não agrediu ou torturou seu enteado. Essa é a verdade que ficará comprovada em breve. Até o momento, o processo, que segue em segredo de Justiça, se baseia na propagação de informações manipuladas por parte do pai da criança, com o objetivo de desestruturar a nova família constituída pela ex-esposa. Por fim, vale mencionar que eles devem ser julgados apenas pela Justiça”.

Fonte: https://www.noticiasaominuto.com.br/ultima-hora

Foto: iStock

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