Uma crise se instalou no Barcelona em meio à pandemia do novo coronavírus. Nesta sexta-feira, seis diretores renunciaram a seus cargos, deixando críticas especialmente à gestão do presidente Josep Maria Bartomeu. O clube e o mandatário ainda não se pronunciaram oficialmente sobre as renúncias.
“Chegamos a esse ponto (de nos demitir) por não nos vermos capazes de reverter os critérios e as formas de gestão do clube diante dos importantes desafios do futuro e, principalmente, do novo cenário pós-pandemia”, diz um trecho da carta escrita pelos seis diretores.
A carta foi destinada aos torcedores. No texto, eles criticaram muito o presidente Josep Maria Bartomeu e questionaram a contratação da I3 Ventures, empresa de mídia que monitorava as redes sociais do Barcelona e teria criado contas falsas (os famosos robôs) para atuar em favor de Bartomeu, manchando futuros candidatos à presidência, ex-jogadores e até atletas do elenco atual. O caso ficou conhecido como “Barçagate”.
“Também devemos destacar nosso desencanto com o infeliz episódio nas redes sociais, conhecido como “Barçagate”, sobre o qual soubemos através da imprensa”, afirma outro trecho da carta. Em fevereiro, quando o caso veio à tona, Bartomeu negou as acusações, mas rescindiu o contrato com a empresa, que também negou qualquer irregularidade.
Antes de sair, os dirigentes que renunciaram a seus cargos pediram que haja novas eleições no clube.
“Como último serviço prestado ao nosso clube, recomendamos que, assim que as circunstâncias permitam convocar novas eleições, que permitam, com todas as autoridades, administrar o clube da melhor maneira possível, diante dos desafios importantes do futuro mais imediato”, concluíram.
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Foto: Juan Medina/Reuters