As Forças Armadas de Israel disseram, nesta segunda-feira (16), ter matado o chefe da inteligência do Hamas em Khan Younes. O local, que fica na fronteira com o Egito, é uma das duas cidades no sul de Gaza onde estão brasileiros que tentam deixar o território. A corporação não forneceu mais detalhes sobre o ataque, nem o nome do membro do Hamas que foi morto.

Nesta segunda, aviões de Israel bombardearam a passagem de Rafah, que conecta a Faixa de Gaza ao Sinai egípcio. Esta é a quarta vez que Israel ataca essa passagem – a única não controlada pelo Estado judeu – desde que a guerra com as milícias palestinas em Gaza, lideradas pelo Hamas, começou em 7 de outubro.

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Milhares de habitantes de Gaza deslocaram-se, na manhã desta segunda, à passagem em reação a informações publicadas por alguns meios de comunicação que apontavam que seria aberta por algumas horas para permitir a saída para o Egito dos palestinos com passaporte estrangeiro, entre eles dezenas de nacionalidade brasileira.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, chegou hoje a Israel pela segunda vez desde o início da guerra, depois de uma viagem ao Oriente Médio que o levou a Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Arábia Saudita e Egito, em meio a intensos contatos diplomáticos para estabilizar a região mergulhada nesta nova guerra.

Blinken reuniu-se nesta segunda-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o presidente do país, Isaac Herzog, e não está excluído que haja algum anúncio sobre um cessar-fogo de algumas horas para abrir a passagem de Rafah.

A área ao redor da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa, abriga centenas de milhares de deslocados internos, que chegaram nos últimos dias depois que Israel ordenou na última sexta (13) a evacuação de toda a população da parte norte do enclave, mais de 1,1 milhão de pessoas, embora apenas metade tenha se deslocado.

A tensão aumentou enormemente desde que o Hamas lançou no último dia 7 um ataque terrestre, marítimo e aéreo a partir de Gaza que deixou pelo menos 1.400 mortos, a grande maioria civis, e desencadeou um duro contra-ataque por parte de Israel, que há dez dias bombardeia a Faixa de Gaza, com um saldo de pelo menos 2.750 palestinos mortos e outros 9.700 feridos.

Fonte: Pleno News

Foto: EFE/EPA/MOHAMMED SABER

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