Durante um discurso feito na manhã desta segunda-feira (31), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar as medidas restritivas impostas por governos locais e criticou a interferência de outros poderes na condução do enfrentamento da pandemia de Covid-19 por parte do governo federal. Para o líder, tais atitudes têm feito com que ele precise resistir ao que chamou de “ditadura”.
– No mundo todo, quem parte para a ditadura é o chefe do Executivo. Aqui é o contrário, é o chefe do Executivo quem resiste. E é responsabilizado por tudo. Estamos há dois anos com a pandemia, quando tiraram meu direito de gerir. Lamentamos as mortes por Covid-19, mas a vida continua – disse ele, durante um evento em Itaboraí, no Rio de Janeiro.
Bolsonaro também voltou a dizer que a sociedade está “pagando o preço” por causa da “política de fecha tudo, a economia vemos depois” e citou a escalada dos preços da energia elétrica como exemplo de efeitos negativos do enfrentamento da Covid-19, em vários países.
– Na Europa, se houver guerra ao Nordeste, pode faltar gás. A consequência? Muita gente morrendo de frio – declarou, fazendo referência à possível invasão da Ucrânia por forças da Rússia.
Segundo o presidente, numa eventual volta do PT ao governo federal, caso Lula confirme o favoritismo apontando pelas pesquisas de intenção de voto para as eleições de outubro, voltaria a prática de aceitar indicações de partidos políticos para o preenchimento de cargos das estatais e dos ministérios.
– Alguém acha que em governos do PT o Tarcísio seria ministro? Alguém acha que se o cara voltar, o (ex-ministro) José Dirceu não vai pra Casa Civil? Que a Dilma não vai para a Defesa? Ela é mandona. E os demais ministérios seriam rateados entre os partidos novamente, ou não seriam? – completou.
Fonte: Pleno News
Foto: PR/Estevam Costa



