A Autoridade do Canal de Suez (SCA) anunciou que o navio Ever Given desencalhou nesta segunda-feira, 29, e que o tráfego da rota deve ser normalizado nos próximos três dias. O brigadeiro Osama Rabie, responsável pela operação, relatou que a popa da embarcação foi levada a mais de cem metros da margem graças às manobras de empurrar e rebocar. Na sequência, o porta-contêineres será encaminhado à aérea de espera de Bitter Lakes para uma inspeção técnica. Desde o dia 23, o navio de 400 metros de comprimento e 220 mil toneladas estava bloqueando uma das vias navegáveis mais movimentadas do mundo, que concentra 10% de todo o comércio marítimo internacional. O presidente do Egito, Abdel Fatah al Sisi, comemorou o desbloqueio do canal. “Hoje, os egípcios conseguiram pôr fim à crise, apesar da enorme complexidade técnica que cercou o processo”, escreveu na sua página oficial no Facebook.

O trabalho para liberar o Canal de Suez, que representa o trajeto mais rápido entre a Ásia e a Europa, foi intenso durante o final de semana, quando dragas, escavadeiras e rebocadores trabalharam na remoção da areia densa ao redor do porta-contêineres. No início da manhã de segunda-feira, 29, já havia sido anunciado que o Ever Given tinha voltado a flutuar. No momento, pelo menos 369 embarcações, incluindo petroleiros e navios de gás natural, estão aguardando para poderem seguir viagem pela rota. A Maersk, maior empresa de transporte de contêineres do mundo, aposta em um prazo maior para normalização do Canal de Suez. “Avaliando o acúmulo atual de navios, pode levar seis dias ou mais para que toda a fila passe”, disse a empresa em um comunicado. Os preços globais do petróleo bruto subiram mais de 6% no dia 24, logo depois que o tráfego pelo canal foi suspenso. A proprietária do cargueiro, a empresa japonesa Shoei Kisen Kaisha, pediu desculpas pela interrupção do comércio global.

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