O governador Ricardo Coutinho participou, nessa quinta-feira (20), do primeiro dia da IV Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, no Teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Humano (Sedh) e Secretaria Executiva de Segurança Alimentar e Nutricional e Economia Solidária (Sesaes), em parceira com o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), recebeu representações dos mais diversos segmentos da sociedade civil e do Poder Público.

No evento, o governador Ricardo Coutinho defendeu as políticas públicas implementadas no país e no Nordeste nos últimos 12 anos. “A gente não pode esquecer que há pouco tempo, uma geração atrás, nós [nordestinos] só éramos associados à extrema pobreza, à seca e à fome. Com a chegada do presidente Lula [ao poder], essa história mudou”, disse, em referência aos programas sociais. “Uma conferência representativa como esta deve discutir a segurança alimentar olhando os avanços e os desafios, mas também deve discutir onde nós vamos chegar”, completou.

- Publicidade -

A Conferência teve também a presença da presidente do Consea Nacional, Maria Emília Pacheco; da representante do Ministério da Saúde, Maria Luiza e da Caisan Nacional (Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional), Patrícia Gentil; da secretária de Estado de Desenvolvimento Humano, Maria Aparecida Ramos; secretária da Sesaes, Ana Paula Almeida, e Arimateia França, do Consea Estadual. A mesa teve mediação da diretora geral da Agevisa (Agência Estadual de Vigilância Sanitária), Glaciane Roland.

A conferência, que tem como lema “Comida de Verdade no Campo e na cidade: por direitos e soberania alimentar”, segue até esta sexta-feira (21) com debates e propostas de ações efetivas, aprovação da Carta Política e eleição dos delegados que representarão a Paraíba na 5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que ocorre de 3 a 6 de novembro, em Brasília.

“Estamos trabalhando muito em termos da Segurança Alimentar e Nutricional na Paraíba, com ampliação de restaurantes populares, onde garantimos uma alimentação saudável acompanhada por nutricionistas; na área de aquisição de alimentos, com o PAA, que faz com que o pequeno agricultor permaneça na terra, porque compramos a produção dele e distribuímos os produtos adquiridos nos abrigos e instituições. Estamos também estruturando o Conselho de Segurança Alimentar”, disse a secretária Aparecida Ramos.

Ela destacou também outros avanços, como o Cartão Alimentação, que será lançado em setembro, como complemento alimentar para algumas famílias beneficiárias do Bolsa Família. “Terão acesso a esse Cartão Alimentação, mais de 80 mil famílias beneficiárias do Bolsa Família de 177 municípios, que já estão cadastradas. Acoplado a isto, temos o Programa do Leite, que continua em plena execução para aqueles municípios onde existe a produção do leite. O Cartão Alimentação representa um investimento do Governo do Estado de mais de R$ 32 milhões, que será destinado àquelas famílias dos municípios onde não têm produção de leite”, explicou.

A secretária da Sesaes, Ana Paula Almeida, considera o evento um espaço rico de diálogo, um momento importante para se fazer ajustes dos compromissos do governo com a sociedade civil, reforçando a política de segurança alimentar no Estado. “É um evento oportuno para se ouvir e de contar com a participação da diversidade de grupos, movimentos sociais, várias ong’s, que atuam diretamente na política de segurança alimentar e nutricional. Durante todo dia, construiremos propostas que serão subsídios apresentados na Conferência Nacional”.

Segundo a presidenta do Consea, Maria Emília Pacheco, a comida possui valor e simbologia que vão além do seu aspecto físico e material. “Falar de comida é falar de afeto, é falar de memória, é falar de partilha. O grande desafio nosso é continuar buscando vencer a fome que ainda permanece por alguns segmentos da população e, ao mesmo tempo, o debate é sempre por uma alimentação adequada e saudável, livre de agrotóxicos e de transgênicos, precisamos resgatar hábitos alimentares mais tradicionais”, ressaltou.

Patrícia Gentil, da Caisan Nacional, disse que estamos em um momento no qual o cenário de segurança alimentar e nutricional mudou. “O Brasil saiu do mapa da fome, não temos mais problemas de acesso à alimentação para a população brasileira, salvo alguns grupos populacionais específicos que ainda precisam de atenção. Na Paraíba, ao longo dos últimos quatro anos, houve uma queda considerável de 17% dos domicílios que tinha alguma situação de insegurança alimentar moderada ou grave para 3%”, completou.

Secom-PB

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui