No período de 1º de janeiro a 7 de julho deste ano (27ª semana epidemiológica de sintomas), foram notificados na Paraíba 35.044 casos prováveis de dengue, segundo o boletim divulgado nesta quarta-feira (13) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). Em 2015, no mesmo período, foram registrados 16.821 casos suspeitos da doença, evidenciando um aumento de 108,33%.

Foram notificados 34 óbitos suspeitos de dengue, sendo quatro confirmados, dez descartados e 20 seguem em investigação. Segundo a Gerência Executiva de Vigilância em Saúde da SES, a investigação cursa com busca de informações domiciliares, ambulatoriais e hospitalares, conforme Protocolo do Ministério da Saúde.

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No mesmo período foram notificados 12.957 casos suspeitos de chikungunya e 14 óbitos suspeitos da doença nos municípios de Monteiro (01), Aroeiras (01), Bayeux (01), João Pessoa (06), São José do Umbuzeiro (01), Soledade (01), Araruna (01), Campina Grande (01) e Santa Cecília (01).

O Boletim Epidemiológico Nº8 destaca que a faixa etária dos óbitos suspeitos para dengue e chikungunya varia de recém-nascido até 92 anos, o que mostra a susceptibilidade independente da idade. “Destacamos que a estratégia mais efetiva para evitar os óbitos causados pela dengue, zika e chikungunya é a detecção precoce dos casos suspeitos combinada com o manejo correto, de acordo com o agravo. Ao apresentar sintomas, o usuário deve procurar imediatamente a Equipe de Saúde da Família ou serviço de saúde mais próximo”, recomenda a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Renata Nóbrega.

Com relação ao zika vírus, de 1º de janeiro a 18 de junho de 2016, foram registrados 3.624 casos notificados como suspeitos (Sinan NET). Existem atualmente na Paraíba três Unidades Sentinelas do zika vírus implantadas (Bayeux, Campina Grande e Monteiro), conforme recomendação do Ministério da Saúde.

Situação Laboratorial – Em 2016, foram analisados pelo Laboratório Centtral de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB), 4.673 amostras sorológicas para dengue (650 reagentes, 3.931 não reagentes e 163 indeterminadas). Este ano já existem exames comprobatórios da circulação da doença em 92 municípios.

Os municípios devem coletar amostra de pelo menos 10% dos casos suspeitos por dengue, sendo o antígeno NS1 (em amostras de sangue) do 1º ao 3º dia de início dos sintomas e sorologia do 7º ao 28º dia de sintomas. Todas as amostras devem ser acondicionadas adequadamente para garantir a qualidade do material biológico.

“Para todos os casos com sinais de alarme, graves e óbitos suspeitos de dengue, a SES recomenda a coleta oportuna e envio imediato ao Lacen-PB. Para os municípios que ainda não isolaram o vírus continua a recomendação do envio oportuno do isolamento viral até o 5º dia de sintomas, enviado em 24 h para o Lacen-PB devidamente acondicionado”, reforçou Renata Nóbrega.

Quanto ao zika, em 2015 foi detectada a doença aguda por este vírus nos municípios de João Pessoa, Campina Grande, Olivedos e Cajazeiras. Já em 2016, exames laboratoriais comprovaram a circulação da doença nos municípios de Caldas Brandão, João Pessoa, Guarabira, Conceição, Pilões, Itabaiana, Sapé e Campina Grande.

Sobre a chikungunya, em 2015, houve a confirmação laboratorial em Monteiro. Em 2016 já existem exames comprobatórios da circulação da doença em 87 municípios. Este ano foram analisadas no Lacen-PB 3.598 amostras sorológicas para chikungunya (1.916 reagentes, 1.580 não reagentes, 1 inconclusivo e 102 indeterminadas).

“Lembramos que o Lacen-PB é o serviço de referência estadual para análise das amostras, ficando sob a responsabilidade dos serviços municipais a realização das coletas de material biológico. Para realização da análise o Lacen-PB necessita que o caso esteja cadastrado no Gerenciador de Ambiente Laboratorial (Gal) e notificado no sistema oficial do Ministério da Saúde (Sinan)”, destacou Renata.

Guillain-Barré e outras manifestações neurológicas – Foram informados pelos serviços hospitalares, de julho de 2015 até o momento, 38 casos suspeitos, sendo 16 descartados, seis confirmados e 16 em investigação por suspeita de ter correlação com chikungunya e/ou zika vírus e/ou dengue.

A SES, por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, vem recomendando a todos os serviços de saúde a comunicação à Área Técnica Estadual da Vigilância Epidemiológica e a Coordenação Estadual dos Núcleos Hospitalares de Vigilância Epidemiológica, por meio de formulário com dados específicos, com o objetivo de acompanhar e investigar quais possíveis agentes etiológicos desencadearam as manifestações neurológicas com infecção viral prévia de até 60 dias antes.

Vigilância Ambiental – Para o controle vetorial, o Ministério da Saúde recomenda a todos os municípios a realização de visitas a todos os imóveis urbanos (residências, comércios, indústrias, órgãos públicos, terrenos baldios etc) e infraestruturas públicas (praças, parques, jardins, bueiros etc) de seu território, respeitando-se o disposto na Lei nº 13.301, de 27 de junho de 2016. Conforme calendário abaixo:

5º ciclo: Conclusão até 31 de agosto de 2016.

6º ciclo: Conclusão até 31 de outubro de 2016.

7º ciclo: Conclusão até 31 de dezembro de 2016.

Recomenda, ainda, a realização do Levantamento de Índice Rápido Amostral (LIRAa) no período de 11 a 15 de julho de 2016.

Mudança na Portaria de Notificação Compulsória – Na Portaria GM Nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, ficou definido que todo óbito suspeito de chikungunya deve ser informado imediatamente à SES. Permanece a orientação de que todo caso suspeito deve ser notificado.

Além disso, desde o dia 17 de fevereiro, ficou instituída também a notificação obrigatória para todos os casos suspeitos de zika vírus. A notificação deve ser registrada no Sinan NET. Nos casos suspeitos de zika vírus em gestante e óbitos suspeitos da doença, as Secretarias Municipais de Saúde devem comunicar em até 24 horas à SES, por meio do Cievs (98828-2522) e Núcleo de Doenças Transmissíveis Agudas (3218-7493). A SES destaca que a notificação para os três agravos (dengue, chikungunya e zika vírus) deve ocorrer de acordo com a clínica mais compatível e definição de caso, conforme orientação do Ministério da Saúde.

Secom-PB

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