Após mais de um ano funcionando apenas de forma remota devido à pandemia, o Centro Dia da Criança com Microcefalia vai voltar com suas atividades presenciais, a partir da próxima segunda-feira (21). Os atendimentos serão agendados, com limite de quatro crianças por data, para garantir que toda a rotina do serviço funcione respeitando os protocolos de segurança necessários para o momento. As famílias assistidas pelo serviço destacaram a importância do acompanhamento no espaço e comemoraram o retorno dos trabalhos.

Durante o período de atendimento exclusivamente remoto, o Centro Dia seguiu oferecendo assistência psicológica e fisioterapêutica, bem como encaminhamentos de saúde. Segundo o secretário de Direitos Humanos e Cidadania, João Corujinha, o acolhimento presencial possibilita um suporte muito maior às famílias. “Além de todos os cuidados que comumente recebem, elas vão poder voltar ao convívio social na unidade, o que também é muito importante. E com iniciativas como essa que nossa secretaria avança na política pública da assistência social para efetivar direitos”, disse.

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Atualmente, o Centro Dia possui 51 crianças cadastradas. Contudo, apenas 19 se mantiveram recorrendo aos serviços remotos. Uma delas é a Alice, que completa 3 anos em agosto e é acompanhada pelo Centro desde bebê. A avó dela, Maria das Graças, revelou que sentiu muita falta da rotina na unidade durante a temporada distante.

“Em momento algum ficamos desamparados, pois a equipe sempre manteve contato on-line conosco. Mas presencialmente, há diferença. Conversamos diretamente com as coordenadoras, recebemos orientações e conselhos. E quando as crianças estão em atividade, aproveitamos para descansar. Afinal, a jornada em casa com elas é muito puxada”, explicou.

Família – Os trabalhos desenvolvidos no Centro Dia não são importantes apenas para o desenvolvimento das crianças. Os familiares também recebem assistência. Suelen Rafael sabe bem o quanto esse apoio é fundamental. Apenas quando o filho Arthur completou cinco meses de vida, ela descobriu que ele tinha microcefalia.

“Como não tive Zika, fui pega de surpresa pela notícia. Fiquei bastante abalada, esgotada emocionalmente. Foi quando conheci o Centro e recebi um apoio psicológico muito grande. Encontrei outras mães e entendi que meu fardo não era maior do que o de ninguém. Isso me deu forças. Com essas partilhas, formamos uma grande família aqui”, contou.

Deixando Arthur – hoje com dois anos e cinco meses – sob os cuidados da equipe da unidade, Suelen passou a ter mais tempo para se dedicar também ao filho mais velho, Gabriel, de 12 anos, e à caçula, Marina, de seis meses. “Vamos começar a introdução alimentar da minha filha, o que vai exigir mais atenção a ela. Além disso, sou empreendedora, e vou voltar aos trabalhos agora. Então, esse suporte do Centro Dia com o Arthur vai me possibilitar dar conta dessas outras jornadas”, acrescentou.

Agendamento – A coordenadora do serviço, Joseane Taveira, disse que os pedidos de mães para o retorno das atividades eram frequentes. “Sempre que ligávamos, elas pediam para voltarmos. Era uma necessidade. Agora, tudo será presencial, com quatro famílias por dia, que terão acesso a todos os nossos serviços, através de agendamento”, destacou, acrescentando que as equipes farão busca ativa para reintegrar as famílias que se afastaram do serviço.

Serviço – O Centro Dia segue cadastrando crianças. Os interessados podem fazer contato telefônico, pelo número (83) 3214-7310; presencialmente na unidade, que fica na Avenida Júlia Freire, nº 1621, Expedicionários; ou por meio de encaminhamento dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras).

Secom-JP

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