O secretário de Cultura do Estado, Lau Siqueira, recebeu, na manhã desta quinta-feira (14), das mãos da diretora executiva do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep), Cassandra Figueiredo, as chaves do antigo Sobrado do Comendador Santos Coelho, conhecido como Casarão dos Azulejos. O ato simbólico representou a conclusão da primeira fase da recuperação e revitalização do imóvel, que é considerado um dos mais significativos exemplares da arquitetura do século XIX e que se destaca no casario remanescente da antiga Parahyba. A obra é resultado de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), assinado entre o Governo do Estado, por meio do Iphaep, e a Empresa Terra, que entregou a obra no prazo determinado.

O Casarão dos Azulejos está localizado na área do perímetro tombado do Centro Histórico de João Pessoa e também é tombado, individualmente, através do Decreto Estadual n.º 8.632/1980. “Estamos muito felizes em receber um trabalho de tamanha envergadura e que recoloca à disposição da população um dos seus bens culturais mais relevantes. Quero destacar que tudo isso foi possível devido ao olhar atento do Iphaep no tocante à realização do projeto, o acompanhamento de cada detalhe da obra e as inúmeras vistorias dos seus técnicos durante a execução desta 1ª fase da recuperação do imóvel”, destacou o secretário Lau Siqueira.

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A diretora executiva do Iphaep explicou que o Casarão dos Azulejos pertence à Secretaria de Cultura, que  irá executar a segunda fase dos trabalhos – a recuperação da azulejaria azul portuguesa da fachada –, além de definir, durante o processo de revitalização, qual o destino que será dado ao imóvel. “Ficamos felizes em devolver à população esse prédio, que é um bem de valor histórico singular, referência de beleza arquitetônica, e que faz parte da memória da cidade”, destacou a gestora do Iphaep.

A obra – A recuperação do Casarão dos Azulejos começou a ser executada em julho deste ano. O projeto foi desenvolvido pela equipe da CAE – Coordenadoria de Arquitetura e Ecologia do Iphaep, que também foi responsável pelo Memorial de Cálculos e Quantitativos, um documento no qual foram esmiuçadas todas as fases do trabalho e quanto eles custariam: desde os serviços preliminares até as demolições, cobertas, esquadrias, alvenarias, piso, forro e assoalho, escadaria, instalações hidro sanitárias e elétricas, área externa e, por fim, diversos (a exemplo de limpeza final da obra).

Segundo a coordenadora da CAE, arquiteta e urbanista Gabriela Pontes, a 1ª fase da recuperação do imóvel vai permitir que ele já possa ser reconhecido em suas principais significações memorialísticas – como as antigas escadas, portas e janelas, forro de madeira e espelhos –, que se encontram totalmente recuperados e que permitem uma volta ao passado e à originalidade da edificação, construída pelo comendador Santos Coelho, no final do século XIX, na então Província da Parahyba.

Secom-PB

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