A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-JP) está dando início à campanha ‘Tolerância Zero’ dirigida às empresas que têm linha direta com o Procon-JP, mas não resolvem o problema do consumidor quando acionadas. Atualmente, 23 empresas disponibilizam o serviço, mas apenas 40% desse total resolvem à demanda que chega à Secretaria. Todas passarão a ser monitoradas diariamente nos próximos 15 dias.

Todas as empresas que têm linha direta com o Procon-JP serão convocadas para apresentarem um plano de melhoria desse atendimento, uma vez que mais de 50% dos cerca de 80 atendimentos diários realizados pelo Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) do órgão poderia ser resolvido através desse contato telefônico.

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As empresas de telefonia OI, Tim, Vivo, os bancos Itaú, Bradesco e Caixa Econômica Federal são os que mais apresentam problemas de resolução através da linha direta, obrigando o órgão a transformar a demanda do consumidor em processo administrativo. As empresas que não se mostrarem dispostas a um atendimento 100% eficaz através da linha direta terão o serviço cancelado e o Procon-JP divulgará os nomes daquelas consideradas inoperantes.

A linha direta Procon-JP/empresas é mais instrumento de facilitação na relação entre consumidor e empresa e tem o objetivo de agilizar a resolução do problema apresentado. O serviço é acionado no momento da abertura da reclamação caso a demanda pertença a uma empresa que disponibilize a linha direta com Secretaria, com o atendente do SAC realizando o contato já preparado para resolver a demanda naquele momento.

Punição – A campanha ‘Tolerância Zero’ não terá apenas cunho educativo haja vista que as reclamações do Procon-JP para que o serviço melhore já vêm de algum tempo. O secretário do Procon-JP, Helton Renê, explica que a campanha é uma necessidade porque um serviço que deveria ser mais um facilitador na relação consumerista, está trazendo mais um problema, tanto para a Secretaria quanto para a pessoa que procura o órgão. “O Procon-JP acaba se tornando um balcão de atendimento da empresa, o que é inadmissível”, disse.

E adianta: “A linha direta deveria ser um canal de resolução entre Procon-JP e as empresas para evitarmos a abertura de um processo, mas isso não está acontecendo. A maioria não está apresentando um resultado eficaz e a linha direta está perdendo sua razão de existir”. O secretário acrescenta que, dos cerca de 80 atendimento diários no SAC do Procon-JP, uma média de 50% poderia ser resolvida através do contato telefônico com a empresa.

Demora – O secretário esclarece que mesmo aquelas empresas que estão resolvendo a demanda via linha direta, mas estão pecando pela demora nesse atendimento, também serão chamadas para uma adequação que otimize esse serviço. Normalmente o atendimento está sendo realizado em torno de 50 minutos depois da ligação ser atendida, o que é considerado um tempo muito longo, principalmente para o consumidor, que já ficou em espera até ser atendido e levou pelo menos 20 minutos para o preenchimento dos dados.

“Esse canal existe para agilizar o atendimento, mas verificamos três situações: o consumidor chega com a reclamação e é informado que a questão vai ser resolvida através da linha direta com a empresa envolvida, porém a empresa não atende, ou atende e demora 50 minutos para resolver o caso, ou ainda demora 50 minutos e não apresenta nenhuma solução. Em resumo, nós e o consumidor teremos que começar tudo novamente para abrir um procedimento administrativo. Ambos perdemos um valioso tempo”.

Empresas que têm linha direta com o procon-JP

Bancos: Bradesco (cartão e empréstimo); BMG; Caixa Econômica Federal (banco e cartão); Itaú (Citibank/Garantech); Itaú, Santander; IBI; HSBC

Telefônicas: Claro (Embratel); Claro (TV e fixo); OI; Tim, Vivo; Net; Sky, Uol

Prestadoras de serviço: Energisa e Cagepa

Loja: Carrefour

 

Secom-JP

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