O vereador Renato Martins (PSB) pediu que a Prefeitura de João Pessoa pague R$ 1.250.000,00 a 16 produtores audiovisuais da Capital. Durante entrevista ao Jornal da Câmara desta quarta-feira (30), o parlamentar ainda criticou a falta de operação tapa-buracos na Capital, disse que há precarização da Saúde e denunciou uma dívida da Prefeitura de R$ 2 milhões na área da iluminação pública. O Jornal da Câmara é apresentado pelo jornalista Edmilson Lucena, de terça a sexta-feira, às 9h, na TV Câmara de João Pessoa.

Renato explicou que em setembro de 2014 o Governo Federal emitiu edital em que foram aprovados 16 projetos de João Pessoa para produções audiovisuais, entre curtas e longa metragens. No entanto, a verba para as produções estaria retida. Os produtores aguardam o pagamento pela Prefeitura da Capital da contrapartida (R$ 1.125.000,00), que deveria ser paga no início deste ano, critério fundamental para que a Agência Nacional do Cinema (Ancine) possa liberar o restante do financiamento (R$ 2.250.000,00).

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O edital do Prêmio Walfredo Rodriguez de Produção Audiovisual 2014/2015 destinará ao todo R$ 3.375.000,00 à produção de 16 filmes realizados por empresas locais. O edital, em parceria com o Programa Brasil de Todas as Telas, conta com um aporte de R$ 2.250.000,00 em recursos do Fundo Setorial do Audiovisual, e R$ 1.125.000,00 milhão da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope).

“Caso a Prefeitura não pague sua contrapartida, a Ancine não poderá liberar o recurso. A indústria cinematográfica gera muitos trabalhos em nossa cidade e perderemos também nesse sentido. Foi formado um Fórum e ele está cobrando esse pagamento, que seria feito no começo do ano. Depois, a promessa é que seria quitado no meio deste ano, e agora fala-se que será dividido em cinco parcelas. Não há nenhuma segurança desses produtores perante a Funjope. Além disso, a Prefeitura não fez nenhum contrato para honrar esse compromisso”, informou o vereador.

JP tem dívida de R$ 2 milhões na iluminação

Renato ainda criticou a atual Gestão Municipal alegando que não há obra na Capital que seja totalmente contemplada com recursos próprios. “Temos uma dívida de R$ 2 milhões com a empresa responsável pela iluminação pública. Isso até o mês de junho deste ano. A escuridão que vemos em muitos bairros pode até aumentar. Temos um problema grave com uma gestão que precarizou as políticas públicas”, salientou.

O vereador ainda disse que na cidade não há operação tapa-buracos. “Uma licitação em junho deu deserto, ou seja, houve a ausência dos interessados. Não foi comprado material nem reservado maquinário. Hoje não há operação tapa-buraco em João Pessoa. Isso é um problema que afeta diretamente a população”, comentou Renato.

Saúde enfrentaria desvio e desperdício

Para Renato, a atenção básica sofre um processo de falência na cidade. “A USF do Róger, recentemente inaugurada, não tem medicamentos. Os serviços não funcionam de forma continuada na Saúde, exames não são feitos, e faltam vacinas. O posto de saúde do Cuiá encaminha pro do Geisel, e chegando lá, também não há vacina. É um cenário em que não sabemos se a Gestão é ruim, se os recursos são desviados, ou se o investido é pouco. Acho que é um pouco de tudo, de desvio a desperdício”, opinou o vereador.

Secom-JP

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