O Ministério das Relações Exteriores do Peru avalia um pedido de refúgio apresentado por Roxana Lizárraga, ex-ministra das Comunicações da Bolívia durante o governo da ex-presidente interina Jeanine Áñez.

O pedido foi recebido em coordenação com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), informou nesta segunda-feira (15) o Ministério das Relações Exteriores peruano em comunicado divulgado em redes sociais.

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Além de Lizárraga, um pedido semelhante foi apresentado em nome da empresária venezuelana e ativista de direitos humanos baseada na Bolívia María Molina.

– Ambos os pedidos estão sendo processados de acordo com a lei – disse a Chancelaria peruana, sem especificar o tempo que levará para completar os trâmites.

PEDIDO APÓS PRISÃO DE ÁÑEZ
Lizárraga pediu refúgio no país vizinho depois que Áñez foi presa sob acusações de sedição, terrorismo e conspiração durante a crise política que encerrou quase 14 anos de mandato presidencial de Evo Morales, que por sua vez denunciou um golpe de Estado e foi acusado de conspirar uma fraude eleitoral.

Os ex-ministros Álvaro Coímbra e Rodrigo Guzmán também foram detidos por quatro meses em La Paz sob as mesmas acusações.

Ex-presidente boliviana foi presa dentro de cama box
Ex-presidente boliviana foi presa dentro de cama box Foto: ABI

Advogada, jornalista e apresentadora de televisão, a ex-ministra, de 47 anos, ocupou a pasta de Comunicações do governo boliviano entre novembro de 2019 e janeiro de 2020.

BOLÍVIA POLARIZADA
As acusações contra Áñez por terrorismo são semelhantes às feitas por seu governo contra Evo Morales quando ele estava fora do país, primeiro como refugiado no México e depois na Argentina, após renunciar ao cargo, dizendo-se vítima de pressão das Forças Armadas.

A situação dividiu a Bolívia entre aqueles que veem a prisão de Añez como um ato de justiça e os que a encaram como um ato de vingança do Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Morales e que está de volta ao poder com Luis Arce, que venceu as eleições de 2020.

O Peru está atualmente sob um governo de transição chefiado pelo presidente interino Francisco Sagasti após a crise política de novembro do ano passado e terá eleições gerais em 11 de abril.

Fonte: https://pleno.news/mundo/politica-internacional

Foto: Reprodução

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