Vista como uma esperança no tratamento de pacientes com Covid-19, a cloroquina pode não ser tão segura assim. Um estudo brasileiro realizado em Manaus, que contou com 81 participantes infectados pela doença e utilizou o medicamento como possível solução, foi interrompido precocemente devido a problemas de segurança.

Pacientes que receberam uma dose mais alta do remédio desenvolveram batimentos cardíacos irregulares, o que aumentou o risco de uma arritmia cardíaca potencialmente fatal. Cerca de metade dos participantes do estudo recebeu uma dose de 450 miligramas de cloroquina duas vezes ao dia, durante cinco dias. O restante recebeu doses de 600 miligramas, por 10 dias.

Medicamento não é a cura

Ludhmila Abrahão Hajjar, diretora de ciência e tecnologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professora do InCor, alerta para o uso do medicamento, em entrevista à Folha de São Paulo: “Cloroquina não é vacina. Está sendo vista como salvadora, e não é. Mas se você fala isso, já começa a apanhar porque virou uma questão nacional de pressão. Mas a realidade científica é essa, não tem evidência [de eficácia]”.

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Hajjar, que fez parte da comissão de especialistas que se reuniu com Jair Bolsonaro há duas semanas para discutir o uso da cloroquina, disse que alertou o presidente sobre a falta de evidências sobre o uso da droga.

Apesar das limitações nos resultados, médicos e especialistas disseram que os dados reunidos por este estudo encerrado forneceu evidências de que a cloroquina e a hidroxicloroquina, ambas usadas no tratamento de malária, podem causar dados significativos em alguns pacientes, especificamente em casos em que há algum problema relacionado ao coração.

Fonte: Olhar Digital

 

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