O advogado Fábio Wajngarten, que faz parte da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou nesta quinta-feira (8) que o ex-chefe do Executivo vai atender a ordem de entregar seu passaporte e de não se comunicar com investigados da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal. A declaração foi feita em uma postagem em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.

– Em cumprimento às decisões de hoje, o presidente Jair Bolsonaro entregará o passaporte às autoridades competentes. Já determinou que seu auxiliar direto, que foi alvo da mesma decisão, que se encontrava em Mambucaba, retorne para sua casa em Brasília, atendendo a ordem de não manter contato com os demais investigados – escreveu.

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O auxiliar citado por Wajngarten é Tércio Arnaud, assessor do ex-presidente que o acompanhava em Angra. Bolsonaro informou que os agentes apreenderam o celular de Tércio.

O ex-presidente da República recebeu os policiais na manhã desta quinta em sua casa de veraneio, que fica em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Bolsonaro foi notificado sobre as ordens de entregar o passaporte e não se comunicar com outros investigados, ambas emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

SOBRE A OPERAÇÃO
Batizada de Tempus Veritatis, a ação teria como objetivo, segundo a PF, apurar a existência de uma suposta organização que atuou na tentativa de obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder.

Ao todo, estão sendo cumpridos nesta quinta 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

São alvos da ação, além do próprio Bolsonaro, os ex-ministros da Justiça Anderson Torres; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, da Defesa general Sérgio Nogueira; o candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, general Walter Braga Netto; e, segundo a CNN Brasil, até o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto.

Já entre os presos estão o ex-assessor da Presidência para assuntos internacionais, Filipe Martins; e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Fonte: Pleno News

Fotos: Zack Stencil/PL

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