Neste domingo, 31 de março, é comemorado o dia internacional da visibilidade trans. Uma data para celebrar a vida de homens e mulheres transsexuais. Por muitos anos, as pessoas trans tiveram sua existência negada e ignorada pela sociedade. Hoje, elas são celebradas em capa de revista.

A Billboard Brasil lançou a campanha Over 30, uma edição especial que traz a primeira lista brasileira com as 30 pessoas referências em suas áreas de atuação e na luta contra a transfobia no Brasil. A ideia é dar visibilidade para as pessoas trans e travestis que venceram as estatísticas da violência e superaram a barreira dos 30 anos.

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Para Camila Zana, diretora da Billboard Brasil, a revista “é uma publicação de celebração à vida, uma celebração às pessoas que conseguem passar dos 30 anos”.

Além da edição, as cantoras Pepita, Mel Gonçalves e Raquel, que estão na capa da revista, compuseram uma música para exaltar os feitos de pessoas trans no país. O refrão do single “Prá Nós” fala de celebração, energia e folia.

Nem sempre esses homens e mulheres foram protagonistas de capa de revista. Neon Cunha, ativista da causa trans e uma das participantes da lista over 30 da Billboard Brasil, relembra a época em que mulheres trans eram executadas nas ruas do centro de São Paulo.

“Era impossível passar tudo que passei e estar viva. Talvez seja uma força maior. Como a minha terapeuta fala: uma pulsão pela vida. Esse desejo que eu tenho pela vida, é o maior ensinamento das pessoas trans, desejo pela vida no país que mais nos mata”, relata Neon.

Os números retratam essa violência. Segundo os dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), pelo décimo quinto ano consecutivo, o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo.

Em 2023, houve um aumento de mais de 10% nos casos de assassinatos de pessoas trans em relação a 2022. Foram 155 mortes, sendo 145 casos de assassinatos e dez suicídios. Segundo o relatório, a pessoa mais nova assassinada tinha 13 anos.

Fonte: CNN Brasil

Reprodução/ Billboard Brasil

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