Após terminar a última semana em queda, a moeda americana volta a subir contra o real, nesta segunda-feira, 5, refletindo a crescente preocupação sobre a tensão entre as duas principais economias do mundo em torno da origem do coronavírus. O presidente Donald Trump, que acusa a China de ser a principal culpada pela doença, ameaçou retaliar o país asiático com novas tarifas.

A situação, que reaquece a guerra comercial entre os dois países, tem desvalorizado ativos de risco, como ações e moedas de países emergentes. “Em uma briga desse tamanho, voa ferpa para todo mundo”, disse Vanei Nagem, analista de câmbio da Terra Investimentos.

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Somado a isso, a política brasileira adiciona ainda mais instabilidade ao cenário interno, enfraquecendo o real. Às 9h20, o dólar comercial subia 2,1% e era vendido por 5,552 reais, enquanto o dólar turismo avançava 0,7%, cotado a 5,77 reais.

Após ter ajudado o mercado na semana passada, com a sinalização de permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, a política interna volta a ganhar mais incertezas, com a relação conturbada entre o Executivo e o Supremo Tribunal Federal, após o ministro Alexandre de Moraes ter suspendido a nomeação de Alexandre Ramagem ao cargo de diretor-geral da Polícia Federal.

No exterior, o dólar também ganhava força contra o rublo russo e a lira turca. O índice DXY, que mede o desempenho da moeda americana frente a uma cesta de divisas de países desenvolvidos, também sobe.

No pregão de quinta-feira, o último antes do fim de semana, o dólar se valorizou 1,5% e encerrou cotado a 5,438 reais. Na semana, a queda foi de 4%.

Fonte: https://exame.abril.com.br/mercados

Foto: halduns/Getty Images

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