O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou na sexta-feira (1o) um crédito de emergência para o Equador, de 643 milhões de dólares, em meio à crise provocada pelo novo coronavírus – anunciaram fontes da instituição financeira.

A direção do FMI decidiu conceder este crédito àquele país, mediante o chamado Instrumento de Financiamento Rápido (IFR). O Equador enfrenta uma crise dupla, causada pela pandemia e pela queda dos preços do petróleo.

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Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), há mais de 26.300 casos confirmados naquele país, com mais de mil mortos, o que provocou uma emergência sanitária, principalmente na cidade de Guayaquil, capital industrial do Equador.

As imagens de cadáveres e o colapso do sistema de saúde equatoriano chocaram o mundo nas últimas semanas.

Com uma população de 17,5 milhões de pessoas, o Equador ocupa o terceiro lugar em número de mortes na América Latina, atrás do Brasil e do México, conforme os últimos números oficiais.

Até 2020, o FMI espera um declínio acentuado no PIB do Equador, de 6,3%, devido à recessão global causada pela pandemia. O crédito obtido por meio do IFR faz parte do programa de três anos firmado pelo governo de Lenín Moreno em 2019.

Esse empréstimo de US$ 4,2 bilhões envolveu um programa de cortes e ajustes fiscais que levou a uma onda de manifestações em outubro de 2019, quando o governo aumentou os preços dos combustíveis. Episódios de violência relacionados aos protestos deixaram dez mortos.

– “Condições favoráveis” –

O Ministério da Economia e Finanças do Equador destacou que o crédito aprovado nesta sexta-feira está disponível gratuitamente e em “condições favoráveis”, com juros de 1,05% para cinco anos, e três anos de carência.

“Esse financiamento fornecerá a liquidez necessária para apoiar a reativação da produção e a proteção dos empregos”, afirmou o Ministério, em um comunicado.

A pasta acrescentou que, na próxima semana, o Banco Mundial vai analisar um fundo de 500 milhões de dólares para o país e que, além disso, a Corporação Andina de Fomento (CAF) acrescentará 300 milhões de dólares.

Eric LeCompte, da organização Jubilee USA Network, observou que “devido às altas dívidas e a políticas de austeridade, países como o Equador não podem fornecer serviços básicos de saúde para lidar com o coronavírus”.

“E muito menos para ajudar seu povo a sobreviver a esse desastre econômico”, disse LeCompte, em um comunicado.

Fonte: https://www.afp.com/pt/noticia/

Foto: AFP / Jose Sanchez

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