Música, teatro e palestras marcaram as comemorações alusivas ao Dia Mundial da Hemofilia, nesta terça-feira (18), no auditório do Hemocentro da Paraíba, em João Pessoa.

A hematologista e responsável técnica do Hemocentro da Paraíba, Sandra Sibeli, foi a primeira palestrante. Ela falou dos avanços no tratamento da doença e do acesso a medicamentos de última geração fornecidos integralmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), através do Ministério da Saúde, e distribuídos em todo estado pelo Hemocentro.

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“Em relação à hemofilia, o usuário do SUS tem um dos melhores tratamentos do mundo”, afirmou, Ela ainda acrescentou que os avanços no tratamento da doença proporcionam uma vida normal aos hemofílicos.

“Há 30 anos, a criança com hemofilia não poderia fazer absolutamente nada. Não poderia praticar esporte, não tinha direito de brincar; ela tinha que ficar paradinha em casa, assistindo televisão para evitar sangramentos. Atualmente, o hemofílico pode fazer o que quiser. Eles levam o medicamento para casa e podem fazer o uso preventivo, evitando sangramentos e levando uma vida normal”, explicou Sandra.

O maior desafio, segundo a hematologista, é a conscientização do paciente para a necessidade do tratamento. “O paciente com hemofilia deve fazer uso regular do fator de coagulação, pois o organismo de quem tem hemofilia não consegue coagular o sangue. Quando ele usa o medicamento leva uma vida sem sangramentos”, esclareceu.

O presidente da Associação dos Hemofílicos da Paraíba, Daniel Bruno, alertou às pessoas com hemofilia para buscarem aprender a aplicar a medicação de forma correta para se tornar uma pessoa independente e sem limitações.

Já a diretora-geral do Hemocentro da Paraíba, Shirlene Gadelha, demonstrou satisfação com a comparecimento de pacientes hemofílicos e de seus familiares no evento. Com um auditório lotado, ela reforçou a importância da adesão dos pacientes.

“O sucesso do tratamento depende de vocês. No momento em que fazem uso do medicamento, passam a ter uma vida normal. Cada um de vocês pode ser o que quiserem. Vocês são verdadeiros exemplos de superação”, disse.

Abrilhantando o evento, o estudante Guilherme Grangeiro, 11 anos, e seu pai, Benedito Antas, tocaram músicas clássicas no violino. O adolescente que também é hemofílico é natural do município de Piancó, no Sertão, descobriu a doença aos três meses de idade quando em uma coleta de sangue para exame não parou de sangrar. Sorridente e comunicativo, ele faz uso de fator três vezes na semana e mantém o sonho de ser um artista.

De forma lúdica, a peça teatral “Um exemplo de superação” encenada por profissionais da equipe multidisciplinar do Hemocentro, mostrou que em qualquer idade é possível fazer o diagnóstico e o tratamento da doença e levar uma vida sem limitações. Por sua vez, o poeta e cordelista Ranyeri Abrantes homenageou a todos os presentes com uma bela poesia.

Encerrando as atividades, houve a palestra do vice-presidente da Associação dos Hemofílicos da Paraíba, Océlio Junior. Houve ainda a participação da palhaça BomTeVer e distribuição de lanche para todos os presentes.

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