O Pleno do Tribunal de Justiça da Paraíba aprovou, por unanimidade, voto de profundo pesar pela morte da escritora, professora, poeta, dramaturga e pesquisadora Maria de Lourdes Ramalho. A propositura da homenagem foi do presidente do TJPB, desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos, no início da sessão desta quarta-feira (11). Lourdes Ramalho é mãe do desembargador e decano da Corte, Luis Silvio Ramalho Júnior.

Conhecida nacional e internacionalmente por suas obras, Lourdes Ramalho faleceu no sábado (7), em Campina Grande, aos 99 anos. Em reconhecimento à memória dela, a Prefeitura Municipal decretou luto oficial de três dias. O velório da dramaturga aconteceu no Teatro Municipal Severino Cabral e o sepultamento, no Cemitério Campo Santo Parque da Paz, em Campina.

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Escritora Lourdes Ramalho

“A cultura e o mundo intelectual brasileiro estão em estado de luto. Perdemos uma grande  mulher que estava à frente do seu tempo. É, realmente, difícil mensurar a importância do legado deixado pela professora e escritora Lourdes Ramalho”, destacou Márcio Murilo.

Desembargador Luis Silvio

Depois de ouvir as homenagens prestadas a sua mãe, o desembargador Luis Silvio Ramalho agradeceu as palavras e disse que, a partir de agora, está restabelecendo uma nova realidade de vida. “Como espírita e estudioso dessa religião, tenho um entendimento que a morte faz parte de todo o ciclo da vida. Mas, naturalmente, sinto a dor de perda e estou pensando nessa nova fase de minha vida, sem a presença física de minha mãe”, comentou o magistrado.

Além dos desembargadores e juízes convocados que estavam na sessão do Pleno, os representantes do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Paraíba (OAB-PB) se acostaram às homenagens.

Lourdes Ramalho faleceu em casa, vítima de uma parada respiratória. Autora de uma extensa obra para o teatro, ela conquistou vários prêmios com seus trabalhos, homenagens e indicações, dentro e fora do Brasil. Também enveredou na produção de livros infantis e era, como pesquisadora, uma das referências mundiais da obra do escritor espanhol Federico García Lorca. O último prêmio recebido foi na XIII Mostra Estadual de Teatro e Dança da Paraíba, em 2006.

Ela nasceu 1920, em Jardim do Seridó (RN). Em 1958 fixou residência em Campina Grande, onde permaneceu até a morte. A partir da década de 70, suas peças começaram a despontar pelo país. ‘Fogo Fátuo’, em 1974, recebeu o prêmio de melhor texto no I Festival Nacional de Arte de Campina Grande. A peça ‘As Velhas’, em sua primeira montagem, no ano de 1975, ganhou o primeiro lugar no III Festival de Teatro Amador do Paraná, na cidade de Ponta Grossa. Em 1976, ‘A Feira’ foi contemplada no Festival Regional de Feira de Santana (BA), com o prêmio de melhor texto.

Ascom-TJPB

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