Em comunicado nesta segunda-feira (1º), a Gilead Sciences, fabricante do antiviral remdesevir, informou que pacientes hospitalizados com pneumonia moderada por Covid-19 tratados com a droga por 5 dias apresentaram 65% mais chances de apresentar melhora clínica, a partir do 11º dia, em relação aos que receberam o remdesevir intravenoso por dez dias.

“Esses resultados do estudo oferecem dados encorajadores para o remdesivir, mostrando que, se pudermos intervir mais cedo no processo da doença com um curso de tratamento de 5 dias, podemos melhorar significativamente os resultados clínicos desses pacientes”, concluiu o professor Francisco Marty, da universidade de Harvard, nos EUA.

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Efeitos colaterais moderados

Segundo a farmacêutica, não foram identificados sinais de insegurança no uso do antiviral como forma de combate ao novo coronavírus.

“O remdesivir foi geralmente bem tolerado nos grupos de tratamento de 5 e 10 dias. Os eventos adversos mais comuns, que ocorreram em mais de 5% dos pacientes nos dois grupos de tratamento foram: náusea (5 dias: 10% / 10 dias: 9%), diarréia (5 dias: 5% / 10 dia: 5%) e dor de cabeça (5 dias: 5% / 10 dias: 5%)” informou o Gilead.

Agora, a Gilead Sciences está desenvolvendo versões mais fáceis de administrar do tratamento antiviral remdesivir para a Covid-19 que podem ser usadas fora de hospitais, incluindo por meio de inalação, depois que os testes mostraram eficácia moderada o medicamento administrado por infusão.

Brasil fora da lista

Recentemente, o laboratório fabricante do remdesevir nos EUA liberou a patente do medicamento para 127 países produzirem seu genérico. O Brasil ficou fora dessa lista.

O remédio originalmente criado para tratar o ebola, mas que não obteve sucesso, tem uso ou venda proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que garante ter mecanismos para priorizar o registro do medicamento a curto prazo para que ele seja usado no Brasil. A questão será o preço do tratamento.

Fonte: https://www.otempo.com.br/coronavirus

Foto: Ulrich Perrey/AFP

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