É Lei a priorização de ritmos regionais nordestinos em apresentações culturais juninas de dança, arte e música, que recebam recursos ou incentivos públicos. De autoria do vereador Marmuthe Cavalcanti (Republicanos), a norma, aprovada pela Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), vale para o município de João Pessoa.

O texto de justificativa explica: “Considerado patrimônio cultural imaterial do Brasil pelo Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], o forró é o ritmo que identifica a regionalidade nordestina no Brasil e no mundo (…). Além de ser uma das expressões culturais mais fortes do nosso povo, as festas juninas movimentam a economia dos estados do nordeste, sobremaneira, promovendo milhares de empregos diretos e indiretos e fomentando toda a cadeia produtiva, de hotelaria, gastronomia e serviços, por meio da alta do turismo nesta época”. “Fortalecer, portanto, a cultura tradicionalista dos festejos juninos, através da priorização dos costumes e da produção artística nordestina, é fortalecer também o próprio São João. O poder público tem também por obrigação zelar pela história de seu povo, reafirmando e perpetuando os fortes laços que temos, enquanto sociedade, com a cultura regional”, acrescenta.

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Baião, xote, xaxado, pé-de-serra, arrasta-pé e demais ritmos oriundos de matrizes do forró regional são alguns dos contemplados pela Lei para qualquer manifestação relacionada às festividades típicas de São João, São Pedro e Santo Antônio, ocorridas dentro ou fora de época, que façam referência ao festejo.

A norma ainda destaca que não se trata, de modo algum, de uma censura a outros tipos de manifestações artísticas que não sejam típicas dessas festas, tampouco de proibi-las nos festejos, mas, sim, de garantir que localmente os recursos públicos investidos na realização de apresentações juninas de dança, arte e música sejam prioritariamente direcionados aos ritmos nordestinos tradicionais: “Por sua importância na construção da identidade do povo sertanejo e sua inegável e íntima relação, indissociável, com as festas de São João”.

De acordo com o texto, os eventos, grupos e apresentações que desejem tal financiamento, devem apresentar um plano de trabalho condizente com a valorização da cultura tradicional nordestina.

Ascom-CMJP

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