Acompanhando os últimos acontecimentos no Brasil, somos induzidos a pensar que há um estranho interesse em apostar na teoria do caos. Impressiona a explícita demonstração de vontade em produzir incertezas políticas. Buscar resultados no alardeamento da imprevisibilidade que assusta.  O objetivo parece ser o de deixar todo mundo tão desesperançado que não restaria outra alternativa a não ser dar total confiança a quem está no comando. A aparente incompetência generalizada para a solução da balbúrdia identificada, faz nascer a ideia de buscar um “salvador da pátria”. Assim, numa atitude de passividade, aceita-se a imposição do absurdo como sendo “a luz no fim do túnel”.

No discurso da “nova política” observa-se a tentativa de exercer o autoritarismo. Afinal de contas apresentam-se como a última esperança para a solução de todos os problemas que secularmente enfrentamos. Aproveitando-se dessa lógica, tudo o que foi feito antes merece críticas, todos os que não estiverem integrados ao pensamento imposto pelo poder dominante devem ser excluídos do projeto de “salvação” do país. Seus atos, por mais estranhos que possam parecer, recebem o beneplácito da concordância, na aceitação de um remédio amargo que vai curar a doença.

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Por isso mesmo torna-se estratégico não descerem do palanque. É necessário manter o clima de campanha eleitoral, de forma a não permitir que os ânimos fanáticos dos seus seguidores não sejam arrefecidos. O ambiente de beligerância, de conflitos e de intolerância, deve ser estimulado para ajudar na instalação do caos. Gerando um cenário de anarquia justifica-se a prática do despotismo, da prepotência, do excesso de autoridade.

No divisionismo social e econômico o exercício da cidadania fica fragilizada. Estimula-se o acovardamento da população. Onde não há união perde-se força. Revelam-se posturas de conformismo. Jogam na crença de que o povo tem memória curta, para convencer de que os retrocessos são necessários, que a volta ao passado é o caminho do acerto. Fazem as pessoas apagarem da memória o quanto sofreram em tempos pretéritos, para conduzi-las ao mesmo cadafalso que outrora sacrificou tanta gente.

A eles interessam a ruptura institucional, a desorganização social, a conflagração nacional. O caos é o passo ideal para “num efeito manada” conquistarem adesões para um projeto político que contraria os princípios básicos da democracia. É importante que estejamos atentos e fortes, para não deixarmos que se coloque vendas nos nossos olhos, deixando-nos tão cegos que não possamos enxergar o óbvio.

 

Novo Colaborador: 

O escritor e historiador Rui Leitão, que eu tive a honra de trabalhar no Jornal A União entre 1998 a 2001, passa agora a ser um dos colaboradores do meu Blog, fazendo sempre uma reflexão aprofundada sobre o Brasil, a política dentre outros fatos marcantes da pauta diária do nosso país, de João Pessoa e da Paraíba.

Biografia: 

Rui Leitão nasceu na cidade de Patos, no Sertão paraibano. Como escritor e historiador, ele já tem cinco livros publicados. É membro efetivo do Instituto histórico e geográfico paraibano e da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

Rui já ocupou vários cargos públicos e possui uma larga experiência em gestão pública e privada.

Foi secretário adjunto da Casa Civil do governo do estado; secretário adjunto da indústria e comércio; secretário de administração da prefeitura de João Pessoa; superintendente do jornal A UNIÃO; superintendente da Rádio Tabajara; diretor de benefícios do INSS, em Brasília; assessor parlamentar do Ministério da Educação; além de diretor Executivo do IPHAEP – Instituto De Preservação do Patrimônio Histórico e Artístico da Paraíba.

Atualmente exerce o cargo de diretor administrativo da PbTUR.

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