Indicados pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira (1°) para os dois postos vagos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), os desembargadores federais Messod Azulay Neto e Paulo Sérgio Domingues passarão agora pela avaliação do Senado Federal, onde serão sabatinados e votados pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, depois, submetidos ao crivo do Plenário.

De acordo com a Constituição Federal, um terço dos ministros do STJ deve ser escolhido entre desembargadores federais, um terço entre desembargadores dos Tribunais de Justiça estaduais e um terço entre advogados e membros do Ministério Público. No caso dos dois atuais indicados, ambos são desembargadores em tribunais regionais federais.

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SOBRE MESSOD AZULAY NETO
Formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Messod Azulay Neto é o atual presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). Antes de chegar ao TRF-2, em 2005, o desembargador federal foi advogado concursado da Telecomunicações do Rio de Janeiro (Telerj).

Na Corte, ele atuou por 14 anos na seção especializada em direito penal e previdenciário. Azulay Neto ainda ocupou diversas funções na Justiça Federal, como diretor-geral do Centro Cultural da Justiça Federal do Rio e coordenador dos juizados especiais federais. Ele também integrou o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ), como suplente, no biênio 2017/2019;

Azulay Neto também já foi professor universitário e é membro titular do Instituto Ibero-Americano de Direito Público. Entre 2019 e 2021, ele ocupou o cargo de vice-presidente da Corte e, em dezembro de 2020, foi escolhido como presidente do TRF-2 para o biênio 2021/2023.

Foi o desembargador que, em junho deste ano, derrubou a decisão liminar que impedia a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de atuar em operações de segurança fora das estradas. Na ocasião, uma decisão da Justiça Federal do Rio, tomada após a operação que resultou em 23 mortes na Vila Cruzeiro, havia determinado a suspensão de participação da PRF em ações nas comunidades.

SOBRE PAULO SÉRGIO DOMINGUES
O outro escolhido por Bolsonaro, o desembargador Paulo Sérgio Domingues, é integrante do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) desde 2014. O magistrado é graduado em Direito pela Universidade de São Paulo e mestre pela Johann Wolfgang Goethe Universität, da Alemanha.

Juiz federal entre 1995 e 2014, Domingues ocupou o cargo de procurador do Município de São Paulo antes de ingressar na magistratura. No TRF-3, ele foi coordenador do Gabinete de Conciliação (2020-2022) e presidente da Comissão de Informática (2016-2022).

O magistrado atuou também, entre 2005 e 2007, como diretor do Foro da Seção Judiciária do Estado de São Paulo e, entre 2002 e 2004, como presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe). Além da magistratura, Domingues é professor de Direito Processual Civil da Faculdade de Direito de Sorocaba e autor de capítulos em livros e de artigos em periódicos especializados.

Atualmente, Domingues também é vice-diretor da Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região e integra o Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais. O magistrado ainda é membro do grupo de trabalho do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que analisa propostas sobre o procedimento para as ações judiciais de benefícios previdenciários por incapacidade.

Fonte: Pleno News

Fotos: Rosinei Coutinho/Ascom CJF // André Coelho/Ascom Ajufe

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