Para garantir os benefícios assegurados às pessoas com a doença falciforme, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passa a emitir a Carteira de Identificação da Pessoa com Doença Falciforme. O documento integra o programa municipal da doença falciforme, que também garante assistência especializada para a população que é acometida por esta doença.

“A emissão desse documento é de extrema importância para quem tem a doença falciforme, uma vez que a carteirinha garante ao portador do documento prioridade no atendimento, além de assegurar direitos sociais, como o benefício de prestação continuada, auxílio doença e aposentadoria por invalidez”, explica a diretora de Atenção à Saúde, Alline Grisi.

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Para dar entrada na carteira, é preciso ir até a unidade de saúde da família (USF) de referência ou no Centro de Doenças Raras, nos Bancários, portando documento de identidade, laudo médico, resultado positivo do teste do pezinho – para crianças – ou resultado positivo da eletroforese de hemoglobina – para adultos. No local, será feito o cadastro que garantirá a emissão da carteirinha. O recebimento do documento acontecerá no mesmo local onde foi feito o cadastro.

Atualmente, o Programa de Promoção e Atenção Integral às Pessoas com Doenças Falciformes possui cerca de 100 pessoas cadastradas com a doença e em acompanhamento. Mas estima-se que a cada ano cerca de 30 pessoas sejam diagnosticadas com a doença.

O diagnóstico é feito em crianças através da triagem neonatal, por meio da fase III do teste do pezinho, entre o 2° e 5° dia de vida do bebê. Para o adulto, que não tenha feito o teste, é possível obter o diagnóstico através do exame de eletroforese de hemoglobina. Ambos os exames são ofertados pelo Sistema Único de Saúde. O teste do pezinho é feito na maternidade, já a eletroforese pode ser solicitada via USF ou feita por demanda espontânea no Hemocentro da Paraíba.

Doença – A doença falciforme é genética e hereditária, caracterizada pela alteração dos glóbulos vermelhos no sangue, que dificulta a chegada do oxigênio aos tecidos, desencadeando uma série de sinais e sintomas como dor crônica, infecções e icterícia. Por ser de origem africana, é mais prevalente, mas não exclusiva, em pessoas pretas e pardas.

Serviço – Em João Pessoa, a rede municipal de saúde oferece assistência especializada para as pessoas que são acometidas por esta doença. O acompanhamento acontece desde a Atenção Básica, nas unidades de saúde da família (USFs), até a Atenção Especializada, tendo como serviço de referência o Centro de Doenças Raras, com atendimento multiprofissional para este público.

De acordo com Késsio Brito, coordenador da área técnica de Saúde da População Negra da Prefeitura de João Pessoa, a atenção aos usuários com doença falciforme está organizada em linhas de cuidado integral. “Buscamos oferecer integralidade na assistência à saúde, o que significa unificar ações preventivas, curativas e de reabilitação, proporcionando ao usuário acesso aos serviços que necessita, desde uma visita domiciliar até uma rede especializada e de urgências”, afirmou.

Na Atenção Básica, as equipes de saúde da família realizam os atendimentos de necessidades individuais e coletivas de menor complexidade para este público, como cadastramento, busca ativa, consultas básicas e encaminhamentos para consultas e exames especializados.

Já o atendimento especializado acontece no Centro de Referência Multiprofissional de Doenças Raras, no bairro dos Bancários, que oferece acompanhamento de hematologia, fisioterapia, nutrição, psicologia, enfermagem e serviço social, com o objetivo de proporcionar uma assistência integrada ao usuário. Para ser atendido no serviço, o usuário deve ser encaminhado pela sua USF de referência.

Ainda dentro da Atenção Especializada, o atendimento a este público pode ser realizado, de forma complementar, nas policlínicas municipais e nos Centros de Práticas Integrativas e Complementares à Saúde (CPICS). Já a rede hospitalar possui dois serviços de referência em hematologia e doença falciforme: o Hospital Municipal Santa Isabel para os adultos, e o Hospital Municipal Valentina para o atendimento pediátrico.

Secom-JP

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