Febre nos anos 60, os cinemas drive-in, que tiveram seu declínio entre os anos 70 e 90, voltaram à popularidade nos Estados Unidos, enquanto que o Brasil possui apenas um estabelecimento do tipo ainda em funcionamento. Instalado dentro do Autódromo Nelson Piquet, o Cine Drive-In de Brasília precisou interromper sua programação, pela primeira vez, depois de 46 anos por causa da pandemia do coronavírus.

Com uma tela de projeção de 312m² e um terreno onde cabem até 400 veículos, o cinema a céu aberto pode reunir até dois mil espectadores por sessão. Em 2015, ele virou tema de filme e, em 2018, se tornou Patrimônio Cultural e Material do Distrito Federal.

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A proprietária Marta Fagundes recorda que o Cine Drive-In sofreu uma ameaça de fechamento durante a reforma do autódromo em 2014. Além dos altos e baixos financeiros que marcam a trajetória do empreendimento.

– Acho que o crescimento de shoppings e complexos exibidores desestimulou esta cultura de cinema ao ar livre. Drive-in só funciona à noite, com número limitado de sessões, e isto não é interessante comercialmente. As distribuidoras privilegiam os complexos de cinema, pois faturam mais – analisa Marta, que herdou do negócio do pai.

Marta conta que há empresas interessadas em utilizar estacionamentos de shoppings para exibir filmes. Contudo, o plano só poderá sair do papel depois do dia 3 de maio, quando encerra a suspensão de eventos públicos estabelecida pelo governador Ibaneis Rocha.

– Muita coisa vai mudar no mundo depois desse novo coronavírus. Espero que cresça o número de cinemas drive-in no país. Acho que as salas de cinema vão ter dificuldade no funcionamento por causa do confinamento de pessoas dentro de uma sala fechada – aposta a gestora.

Fonte: https://pleno.news/entretenimento/cultura-e-lazer

Foto: Reprodução

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