O governador Ricardo Coutinho foi um dos integrantes de um painel no evento Nordeste 2030 – Desafios e caminhos para o desenvolvimento sustentável, realizado em Fortaleza no Ceará, na tarde desta terça-feira (21). O tema em debate foi Financiamento do desenvolvimento regional, sustentabilidade fiscal e visão integrada dos entes federativos, que teve como moderador o vice-presidente do Tribunal de Contas da União, Raimundo Carreiro. Também participaram do painel o governador do Piauí, Wellington Dias, o secretário de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, e o representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento no Brasil, Hugo Flórez.

Durante o evento, Ricardo recebeu uma medalha comemorativa dos 125 anos de existência do TCU. Ele ressaltou que está complicado para os Estados promoverem mais reformas e manter o desenvolvimento. “O grande desafio é manter o ritmo de investimentos que a Paraíba está tendo, responsável por 2.400 quilômetros de estradas, por exemplo. Particularmente, já cortamos tudo o que é possível para continuar pagando o funcionalismo em dia e seguir com as obras. Enfim, se conseguirmos dar continuidade aos avanços, estaremos gerando um Estado com uma sustentabilidade cada vez maior e aberto para futuros investimentos”, enfatizou.

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Ricardo também observou que, apesar da crise, o Nordeste vem conseguindo manter os respectivos pagamentos. “Podemos perceber que Estados com maior poder econômico são os que estão em maior desequilíbrio financeiro. Os Estados do Nordeste, de certa forma, têm conseguido fazer o dever de casa e manter seus respectivos pagamentos. Porém, não têm dinheiro sobrando e isso é preocupante, porque se você não avança nos investimentos, não se consegue dar conta de uma agenda para o desenvolvimento futuro”, afirmou.
No painel, o governador do Piauí, Wellington Dias, afirmou que espera uma partilha de recursos mais justa para os Estados brasileiros. “O Nordeste é um país dentro do Brasil. Somos na prática um grande prestador de serviços e sinto a necessidade de termos uma rede de qualificação da região. Há uma partilha injusta na distribuição dos recursos, a união precisa analisar cada área e dar fatias de acordo com as necessidades. É preciso uma articulação dos governadores, como estamos fazendo hoje aqui, na busca de repasses mais justos”, falou.

“O Brasil ainda é um país muito desigual. O destino de uma pessoa ainda depende bastante do local onde ela nasceu. A reforma da previdência é uma alternativa que deve ser abraçada por todos na busca da diminuição das desigualdades. Essa reforma beneficiará não somente o Nordeste, mas todo o Brasil. Vamos tornar o sistema sustentável e modificar a composição do gasto público”, disse o secretário de acompanhamento econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida.

Participaram do encontro, além de Ricardo Coutinho, os governadores Renan Filho (Alagoas), Robinson Faria (Rio Grande do Norte), Rui Costa (Bahia), Flávio Dino (Maranhão), Camilo Santana (Ceará), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí) e Jackson Barreto (Sergipe). Também representantes do Tribunal de Contas da União (TCU), instituições financeiras oficiais nacionais e internacionais, como Banco do Nordeste (BNB) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), entre outros.

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